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Estudo revela que uso controlado da testosterona não aumenta índice de doenças coronarianas

22/10/2018 0
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A reposição de testosterona sempre é vista com cautela por causa da possibilidade de efeitos colaterais bastante significativos, como a infertilidade e problemas cardiovasculares, como infarto e AVC. No entanto, recentemente foi publicado uma Meta-Análise (principal tipo de estudo na medicina atual) que revelou que o terapia de reposição de testosterona não aumenta o índice de infarto, AVC ou doenças coronarianas. Na realidade, ela pode até diminuir o risco dessas doenças em obesos.

“De acordo com o estudo, o uso da testosterona é seguro e efetivo em melhorar os sintomas quando existe a deficiência do hormônio e não aumenta o índice de doenças cardiovasculares. Contudo, a administração da dose tem que ser usada de forma muito controlada”, afirma o médico andrologista Dr Filipe Tenório. Ainda segundo Tenório, a pesquisa destaca que dois grupos podem apresentar maior risco de complicações: pacientes magros e pessoas que utilizam doses muito altas e sem orientação médica. O recente estudo, chamado de “Testosterone and Cardiovascular Risk: Meta-Analysis of Interventional Studies, foi publicado no The Journal of Sexual Medicine, um dos mais importantes na área de medicina sexual.

A testosterona é o hormônio masculino responsável pelo desejo e pelas funções sexuais do homem. Além de estimular a produção de espermatozoides, ela ainda atua na distribuição de gorduras, aumentando força, libido e massa muscular no homem. O hormônio também estimula os pelos faciais e corporais, além de incentivar a produção dos glóbulos vermelhos. A deficiência dele geralmente surge em homens com mais de 50 anos, com uma incidência de 12 novos casos por ano a cada 1000 indivíduos. Homens com diabetes 2, obesos e com síndrome metabólica, também estão mais propícios ao desenvolvimento da deficiência do hormônio. O objetivo do tratamento com testosterona é normalizar os níveis do hormônio, atingindo uma faixa entre 400 a 800 ng/dL, acima disso há um aumento significativo no índice de complicações, sem aumentar os benefícios. Por isso, a reposição deve ser feita de forma controlada e com reavaliações frequentes.