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Câncer de próstata pode afetar fertilidade masculina, alerta urologista

22/11/2018 0
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O câncer de próstata é o segundo câncer mais comum entre os homens no Brasil, perdendo apenas para o de pele não-melanoma. Em grande parte dos casos, o câncer de próstata não apresenta sintomas na fase inicial. O que muita gente não sabe é que os tratamentos para esta doença podem afetar a fertilidade masculina, segundo o médico urologista Filipe Tenório.

De acordo com o especialista em fertilidade masculina, o câncer de próstata por si só não causa infertilidade, mas os seus tratamentos podem diminuir a fertilidade masculina. Embora a maior parte dos pacientes que precisam ser tratados da doença tenha mais de 50 anos, não é raro paciente nesta faixa etária alegar vontade de ter filhos.

“Quando você opta pela cirurgia do câncer de próstata, são retirados a próstata, as vesículas seminais e parte dos ductos deferentes. Embora o paciente continue produzindo espermatozoides, por retirar os órgãos que produzem e transportam o sêmen, não é mais possível expelir o sêmen. Então, o paciente não ejacula mais, apesar de sentir orgasmo e contrações dos músculos durante a ejaculação”, detalhou o especialista. Já a radioterapia pode afetar os testículos, diminuindo a produção e a qualidade dos espermatozoides. O tratamento queima a próstata e pode levar à  fibrose do órgão, o que pode causar dificuldade de ejaculação.

Outro tratamento usado para o câncer de próstata é a terapia hormonal, que pode ser realizada de forma permanente nos pacientes com câncer de próstata com metástase avançada. “O bloqueio da testosterona, principal hormônio para a produção de espermatozoide, impede a reprodução”, afirmou.

Tenório orienta que os homens que desejem ter filhos após os tratamentos do câncer de próstata devem preservar a fertilidade através do congelamento de sêmen antes dos tratamentos. Para aqueles que já se submeteram à cirurgia é necessária a extração de espermatozoides do epidídimo ou do testículo para a fertilização in vitro. Para finalizar, o médico ressalta sobre a necessidade de que haja sempre uma conversa com o paciente para saber se existe o interesse de ter filho no futuro, já que às vezes o paciente está focado na cura da doença.