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Alterações no sêmen e o que elas significam

20/08/2018 0
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Olhar para o líquido expelido é a saída para identificar possíveis problemas de saúde

Há algum tempo cientistas e médicos estudam os fluidos corporais em busca de pistas sobre a nossa saúde. Essas secreções revelam mais segredos sobre nosso corpo do que podemos imaginar. E todos eles podem ser descobertos apenas por meio da observação. Por isso, é necessário ter atenção aos sinais e mudanças apresentadas pelos fluidos, como suor, urina, fezes, muco e até o sêmen, líquido expelido pelo pênis durante a ejaculação. No último caso, sua aparência pode denunciar doenças nos órgãos genitais masculinos. Conhecer e identificar essas alterações no início pode auxiliar em um diagnóstico precoce.

Segundo o andrologista Filipe Tenório, da Clínica Andros, as alterações no sêmen podem ser facilmente observadas quando se conhece o líquido em condições normais. “A composição do sêmen é divida em duas partes: o plasma seminal e os espermatozoides. Logo após a ejaculação o sêmen é heterogêneo, pois se encontra coagulado. A consistência viscosa e espessa serve para auxiliar a aderência do esperma no útero, facilitando a fecundação”, explica. Posteriormente, o esperma vai se tornando uniforme e mais líquido conforme acaba o efeito coagulante. A cor pode ir do branco ao transparente, variando conforme o período de intervalo entre as ejaculações ou com a abstinência sexual.

O especialista alerta que sangramentos da próstata ou vesículas seminais podem deixar o sêmen com uma coloração marrom, assim como a presença de sangue vivo no esperma também deve ser um alerta para buscar ajuda médica. “Além disso, infecções virais ou bacterianas podem deixar o sêmen com um aspecto amarelo ou purulento; sintoma que também deve ser investigado”, afirma completando que para que o sêmen mantenha a consistência adequada para o processo reprodutivo, diversas proteínas atuam, modificando sua textura. “Quando há alterações no funcionamento prostático, como inflamações ou malformações, estes componentes podem se desequilibrar, alterando a liquefação do sêmen e tornando-o mais espesso”, conta.

Além de mudanças na cor e textura, a alta ou baixa quantidade do líquido também pode significar que há algum problema no corpo. “Homens que apresentam volume ejaculado recorrentemente inferior a 1,5 ml podem ser portadores de disfunções urológicas, como a obstrução de dutos e a ejaculação retrógrada, em que parte do sêmen é lançada para a bexiga. Nesses quadros, a capacidade de reprodução pode estar comprometida”, explica Tenório. A quantidade de esperma também pode variar de acordo com o intervalo entre as ejaculações. Dessa forma, passar vários dias sem ejacular pode resultar em um volume seminal; enquanto ejaculações muito próximas uma das outras levam a um volume menor. “Quando o paciente perceber alguma alteração, ele deve consultar um urologista para fazer uma análise clínica e laboratorial completa. Assim é possível diagnosticar possíveis doenças”, finaliza.


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