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13/04/2018 Fertilidade0

O Conselho Federal de Medicina (CFM) lançou novas regras ligadas aos casos de reprodução assistida no Brasil. Entre os principais pontos a se destacar na revisão dos casos pelo CFM estão a expansão no critério para quem cederia temporariamente o útero para uma gestação compartilhada (a famosa “barriga de aluguel” ou “barriga solidária”), a redução no prazo para descarte de embriões e o congelamento de material para uma gestão tardia.

Especialistas no assunto avaliaram a mudança positivamente, pois elas conseguem englobar alguns grupos que antes não tinham o alcance de tais técnicas. “Essa atualização inclui questões sociais e biológicas que não eram consideradas anteriormente na avaliação médica para a utilização de reprodução assistida”, afirma o andrologista Filipe Tenório, da Clínica Andros Recife. “É um avanço muito bom, pois amplia a possibilidade de procriação de indivíduos que desejam”, comemora.

No caso da barriga solidária, por exemplo, anteriormente a cessão temporária do útero só podia ser feita por familiares ascendentes, isto é, que estariam acima do paciente. “A partir da alteração, familiares em grau de parentesco consanguíneo descendente, como filhas e sobrinhas, são permitidas a emprestar o útero para a gestação do filho de um terceiro”, esclarece Tenório.

Além disso, pessoas solteiras (homens ou mulheres) e casais homoafetivos femininos também passam a ter o direito de utilizar técnicas de reprodução assistida. As mulheres que enfrentarão tratamentos de doenças que levam à infertilidade, como quimioterapia, também podem guardar seu material para usar no futuro.

O Conselho Federal de Medicina permite, agora, que a doação de óvulo possa ser feita voluntariamente por qualquer mulher de até 35 anos. Anteriormente, apenas mulheres que também estavam em tratamento com técnicas de reprodução assistida podiam doar os óvulos. Na prática, esta mudança facilita a obtenção de óvulos de doadoras compatíveis. Além disso, os programas de reprodução compartilhada somente cobriam os custos da doador se a própria paciente doasse parte de seus óvulos para outra mulher que também estivesse tentando uma gravidez por tal meio. Agora é possível que uma mulher tenha seu tratamento custeado se ela conseguir uma outra doadora compatível. “Isso afeta positivamente, já que muitas não possuem uma boa produção de óvulos e não podem pagar para realizar o serviço”, comenta Filipe Tenório.

O tempo para o descarte de embriões também foi alterado: reduziu de 5 anos para 3 anos, incluindo em casos de embriões abandonados pelos doadores. No entanto, alguns pontos foram mantidos, como o número de embriões que podem ser transferidos de acordo com a idade da mulher, a proibição da redução de embriões caso mais de um fosse fertilizado e da comercialização de embriões ou seleção por características biológicas, e a permissão do estudo do embrião para detectar doenças genéticas previamente.

Confira as mudanças propostas na resolução de 2017:

– Filha e sobrinha também podem ceder o útero;

– Mulheres acima de 50 anos, em situações específicas e com autorização médica podem utilizar o tratamento de reprodução assistida – já que, segundo pesquisas, as brasileiras estão engravidando cada vez mais tarde;

– Mulheres podem, assim como os homens, doar seus gametas voluntariamente;

– Pessoas solteiras podem recorrer a cessão temporária de útero;

– Casais homoafetivos femininos podem recorrer à gestação compartilhada;

– As mulheres que enfrentarão tratamentos que levam à infertilidade, como quimioterapia, também podem guardar seu material para usar no futuro;

– O prazo para descarte de embriões diminuiu de 5 anos para 3, diminuindo os custos e a quantidade de embriões acumulados que foram abandonados.

 

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Revista Algo Mais

Hospitais Brasil

Robson Sampaio 


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12/10/2017 Fertilidade0

Procedimento possibilita o retorno da fecundidade até 10 anos após a realização da cirurgia

 

Muitos homens hoje em dia optam por realizar a cirurgia de vasectomia a fim de evitar a gravidez. O método anticonceptivo consiste em um corte nos ductos deferentes, por onde passam os espermatozoides, para interromper sua passagem para o líquido ejaculado. Mas, por variados motivos, depois de algum tempo alguns se arrependem e buscam tratamento para fazer a chamada ‘vasovasostomia’, também conhecida como reversão de vasectomia.

 

Segundo o urologista Filipe Tenório, na maioria dos casos, os homens querem reverter a cirurgia depois de passar por uma separação e encontrar uma nova parceira. “Isso acontece porque muitos querem constituir uma nova família”, afirma. O processo, no entanto, é um pouco mais complicado que a vasectomia. É que como os ductos deferentes são muito pequenos, o procedimento precisa ser realizado através de uma microcirurgia, que utiliza um microscópio para ampliar a visualização da área. “A intervenção dura em média 3 horas. Nela, o médico faz uma reconexão dos canais deferentes, que antes estavam cortados. Para se ter uma ideia, a linha utilizada para a sutura é mais fino que um fio de cabelo”, revela Tenório.

 

Ainda de acordo com o médico, não existe tempo limite para a reversão, mas os melhores resultados são obtidos quando ela é feita até 10 anos depois da vasectomia. Ele explica que após esse período, as chances de sucesso reduzem de 90% para 70%. “Essa redução ocorre porque com o tempo, o corpo desenvolve um processo de fibrose criando obstruções na área abaixo de onde foi feito o rompimento do canal. Nesses casos é preciso fazer uma conexão fora da área obstruída”, afirma. “Além do índice de êxito ser altíssimo, a reversão permite ter, de maneira natural, um ou mais filhos”, ressalta o urologista.

 

Apesar de ser um procedimento minucioso, o pós-operatório da vasovasostomia é considerado tranquilo. Após a cirurgia, o paciente tem alta no mesmo dia ou no dia seguinte e a recuperação em casa dura cerca de 10 dias. A única ressalva é que ele deve evitar ejacular ou ter relações sexuais por pelo menos 30 dias, para que ocorra a cicatrização completa. “Depois desse período, o homem deve ir ao médico para fazer um espermograma e avaliar a quantidade e qualidade dos espermatozoides produzidos no sêmen”, finaliza Tenório.

 

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Robson Sampaio

Novo GN

Pernambuco Notícias

Terra Magazine

 


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O uso de cocaína, maconha, álcool e anabolizantes contribuem para o surgimento desses problemas

 

Recentemente um estudo realizado pelo Hospital Universitário de Copenhague, na Dinamarca, concluiu que o refrigerante, quando consumido em excesso, pode causar disfunção erétil e infertilidade. A pesquisa comprovou que os homens que consumiam em média um litro da bebida por dia possuíam uma quantidade 30% menor de espermatozoides, o que pode elevar os riscos de tornar-se estéril. Segundo o urologista Filipe Tenório, do Hospital Santa Joana Recife, o consumo exagerado de refrigerante também pode causar impotência porque ele aumenta muito a quantidade de glicose no sangue, que pode danificar vasos e nervos do pênis.

 

Entretanto, o refrigerante não é o único da lista de substâncias químicas que fazem mal à saúde sexual masculina. Drogas, álcool e anabolizantes também podem contribuir para o surgimento desses problemas. Desta vez, a comprovação veio de uma pesquisa da Universidade de São Paulo (USP). No estudo, o tabagismo, alcoolismo e dependência de entorpecentes, como maconha, cocaína e crack, são importantes fatores de riscos para o desenvolvimento da disfunção sexual entre os homens. Segundo o levantamento, 39% dos usuários dessas substâncias sofrem de ejaculação precoce, 19% apresentam diminuição da libido, 12% sentem dificuldade de ereção, 8% sofrem com retardo na ejaculação e 4% sentem dor durante a relação sexual.

 

Sobre o assunto, Filipe Tenório explica que ingerir mais de oito doses de álcool por semana pode deprimir o sistema nervoso central, alterar os níveis de hormônios sexuais e alterar a libido. Ademais, pode causar impotência por danificar diretamente os vasos do pênis. Quanto às drogas, Tenório afirma que cocaína e heroína são umas das piores para a função sexual. “Elas alteram os níveis de testosterona, diminuem a libido, impedem a dilatação dos vasos durante a ereção e podem causar dano permanente”, explica.

 

Outra droga prejudicial é a maconha. De acordo com o especialista, os usuários da erva tem duas vezes mais chance de desenvolver a disfunção erétil. “Há um dano direto dos vasos do pênis, o mesmo que ocorre com o tabagismo. Além disso, o canabinol, substância ativa da maconha, atua no cérebro inibindo a ereção”, afirma Tenório.

 

Dr. Filipe Tenório destaca ainda que os anabolizantes também podem causar impotência sexual. “O uso dessa substância pode acarretar um aumento anormal dos níveis de estrógenos, os hormônios sexuais femininos. E, quando o homem para de utilizá-la, o corpo demora certo tempo para voltar a produzir os próprios hormônios. Durante esse período, pode haver diminuição da libido e disfunção erétil”, explica.

 

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Henrique Barbosa

Super Informado

Maceió 40 Graus

Robson Sampaio


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Doença, que atinge até 40% dos homens acima dos 50 anos, pode ser tratada com medicamentos ou cirurgia de implante de prótese peniana

 

A disfunção erétil é o grande temor do homem brasileiro. Presente em quatro a cada dez pessoas do sexo masculino, a doença, popularmente conhecida como impotência sexual, caracteriza-se pela incapacidade de obter ou manter uma ereção satisfatória para a atividade sexual. Apesar da gravidade do problema, que se não tratado pode se tornar irreversível, a vergonha afasta os pacientes dos tratamentos e impede que eles tenham acesso às técnicas desenvolvidas para revertê-lo.

 

Segundo o urologista Filipe Tenório, do Hospital Santa Joana Recife, a ereção acontece quando a primeira camada do vaso sanguíneo libera substâncias que dilatam os vasos permitindo a passagem de sangue nos corpos cavernosos. Quando há alguma lesão nessa camada, seja por diabetes, tabagismo ou pressão alta, os vasos não dilatam e o sangue acaba não chegando ao pênis.

 

As causas da disfunção podem ser orgânicas ou psicogênicas. “Na orgânica, ela é ocasionada por lesões nas artérias, veias e nervos ou pelo uso de drogas, anabolizantes, bebidas alcoólicas ou cigarro. Já na psicogênica, a impotência é provocada pelo excesso de ansiedade, stress e alto nível de adrenalina, que fecham os vasos sanguíneos impedindo a circulação do sangue no corpo cavernoso do pênis”, revela. A questão psicológica mesmo que não inicial, vai estar sempre envolvida. “Os homens associam a ereção à virilidade e masculinidade, o que gera um grau elevado de auto cobrança. Medo, stress, ansiedade e adrenalina em excesso podem agravar o quadro”, explica Tenório.

 

Ainda de acordo com o médico, o tratamento pode ser realizado através de terapia psicológica, medicamentos orais, medicamentos injetáveis e com cirurgia, para os casos mais graves em que o paciente não responde aos remédios. “A operação é chamada de implante de prótese peniana. Nela inserimos próteses infláveis ou maleáveis no corpo cavernoso do pênis e elas simulam o funcionamento natural do órgão. A taxa de sucesso e satisfação é altíssima”, esclarece.

 

É importante ressaltar que o tratamento deve ser realizado precocemente porque a ereção é necessária para o pênis se manter saudável. “Se o paciente passa muito tempo sem ter ereção, as células ficam sem nutrientes e sem sangue rico em oxigênio. Assim, elas morrem e torna-se impossível de reverter”, finaliza Tenório. Além disso, a disfunção erétil  pode ser sinal de outras enfermidades mais graves que ainda não se manifestaram no corpo, como, por exemplo, o infarto do coração.
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JC Online

Robson Sampaio

Novo Jornal

Maceió 40 Graus

 

Araraquara News


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15/09/2017 Fertilidade0

Cirurgia, considerada um método anticonceptivo masculino, está disponível no SUS

 

Ter filhos hoje em dia não é uma tarefa fácil. Além das noites mal dormidas após o nascimento, as preocupações dos pais com a criança vão desde a alimentação e saúde, educação, segurança e condição financeira. Por isso, muitos casais têm utilizado cada vez mais, como meio de planejamento familiar, os métodos contraceptivos permanentes a fim de evitar a gravidez. A proteção definitiva, no entanto, só é possível através da laqueadura tubária, nas mulheres, ou da vasectomia, nos homens.

 

Segundo o andrologista Filipe Tenório, do Hospital Santa Joana Recife, a vasectomia é o método mais indicado para os casais que não querem ter mais filhos. “O procedimento é bem mais simples e eficaz que a laqueadura. Na laqueadura, o médico precisa abrir a barriga da mulher. É uma cirurgia demorada e mais complicada tanto durante, quanto no pós-operatório”, explica.

 

No Brasil, qualquer homem com idade superior a 25 anos ou com dois filhos pode submeter-se à vasectomia. A operação é bem simples. O médico faz uma pequena incisão na bolsa escrotal para localizar os ductos deferentes, por onde passam os espermatozoides. Eles são cortados e amarrados para interromper a passagem dos espermatozoides para o líquido ejaculado. “A cirurgia é realizada com anestesia local e dura em média 20 minutos. O paciente tem alta no mesmo dia e de três a sete dias depois já pode voltar ao trabalho”, comenta Tenório.

 

De acordo com o urologista Guilherme Maia, a técnica mais avançada disponível para a vasectomia é a “No-Scalpel”, realizada sem a utilização de bisturi, com o auxílio de uma pinça. “Esse é o método ‘padrão ouro’ recomendado pela Associação Americana de Urologia porque, graças a sua intervenção minimamente invasiva, ele causa menos sangramento, reduz dores e hematomas, e possibilita uma recuperação mais rápida”, afirma. “É o procedimento mais eficaz que temos hoje, com alto índice de satisfação”, revela Maia. Também é importante destacar que a cirurgia não interfere na potência, libido ou na ejaculação.

 

A única ressalva é quanto à proteção no período pós-operatório. O casal deve usar algum método contraceptivo ao reiniciar as relações sexuais porque alguns espermatozoides podem permanecer vivos no canal que chega ao pênis. “O ideal é que após 15 a 30 relações ou 2 a 3 meses o homem faça um espermograma para constatar o sucesso da cirurgia”, ressalta Tenório. Somente após esse exame, e se o médico liberar, é que o casal poderá ter relações sem o uso de outro anticoncepcional. Vale lembrar que a vasectomia não protege contra doenças sexualmente transmissíveis. Para isso, o uso do preservativo masculino ou feminino é fundamental.

 

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Maceió 40 Graus

 



Recomendação é que homens que tiveram Zika esperem seis meses para engravidar a parceira ou manter qualquer relação sexual sem o uso de preservativo

 

Recentemente o Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos revelou que o vírus da Zika pode permanecer no sêmen de um homem por até seis meses após o contágio da doença. Segundo o estudo, a transmissão do vírus pelo ato sexual é rara, mas não deve ser descartada.

 

Para o urologista Filipe Tenório, do Hospital Santa Joana Recife, a prevenção da proliferação do vírus deve ser feita. “O recomendado neste momento é que homens que tiveram Zika esperem seis meses para poder engravidar a parceira ou ter qualquer contato sexual sem a prevenção com camisinha”, afirma. A atitude prioriza a tentativa de diminuir os casos de bebês com microcefalia, visto que a Zika foi apontada como uma das principais causas do problema.

 

As mulheres também devem se proteger. A recomendação do Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA é que a mulher que foi infectada também aguarde seis meses para voltar a ter relações sexuais sem camisinha. Para as que visitaram áreas de risco de transmissão, oito semanas é o período recomendado.

 

Alguns laboratórios brasileiros já começaram a disponibilizar exames que podem detectar o Zika vírus no sêmen do homem. Já existem também testes que detectam o vírus no sangue, urina, saliva e líquido amniótico. Um deles usa a tecnologia PCR, que localiza partes do vírus no líquido, e outro é o sorológico, que informa os anticorpos deixados pelo corpo após a infecção. “As pessoas podem contrair o Zika sem apresentar sintomas. Sendo assim, é importante que todos os companheiros de mulheres que estão grávidas ou querem engravidar façam esse exame”, afirma Tenório.

 

Outra recomendação importante é sobre o uso de preservativo por casais em que a mulher esteja grávida. A importância disso é garantir que não haja mesmo infecção pelo vírus durante a gravidez. “O Zika vírus é muito novo. Ainda não temos estudos suficientes para saber o que acontece se um óvulo for fecundado em uma relação em que o sêmen do homem esteja infectado”, ressalta o médico.

 

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O Diário

Merece Destaque

Saúde e Vitalidade

Robson Sampaio

 


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10/07/2017 Fertilidade0

Campanha reforça a importância de informar as pessoas e incentivar o tratamento da doença que atinge 15% dos casais, segundo a Organização Mundial da Saúde

 

A infertilidade é o pesadelo das pessoas que sonham em ter filhos. A doença, que se caracteriza pela incapacidade de reprodução, acomete 80 milhões de pessoas em todo o mundo e 15% de todos os casais, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). Por isso, com o objetivo de informar e incentivar a prevenção e o tratamento do problema, a Associação Americana de Infertilidade (AIA), junto com a Associação de Apoio Internacional aos Pacientes Inférteis (ICSI), elegeu, em 2002, junho como o Mês Internacional de Conscientização da Infertilidade.

 

De acordo com o andrologista Filipe Tenório, especialista em infertilidade masculina e saúde sexual, da Clínica Andros Recife, a campanha é importante porque reforça a necessidade de procurar auxílio médico assim que a doença for identificada. “Algumas pessoas ainda não sabem que há tratamento adequado para os problemas que causam a infertilidade. Mesmo nos casos considerados irreversíveis, ainda há a possibilidade de induzir uma gravidez através da fertilização in vitro”, explica. “É importante incentivar a busca pelo tratamento”, salienta.

 

O diagnóstico da infertilidade é feito através da realização de exames. Na mulher, são feitas avaliações dos óvulos, das trompas e útero. Também são analisados outros problemas que podem causar a doença, como endometriose. “Já nos homens é indicado fazer o espermograma, que vai avaliar a quantidade e qualidade dos espermatozoides”, esclarece Tenório.

 

Segundo o especialista, cerca de 40% dos casos de infertilidade são representados por disfunções no sistema reprodutor dos homens. “A causa mais comum é a varicocele, dilatação das veias do testículo que faz com o sangue fique preso e aumente a temperatura, diminuindo a produção de espermatozoides”, aponta Tenório ressaltando que obstruções no epidídimo, no ducto deferente e na próstata, e desequilíbrios dos hormônios sexuais (muito comum em usuários de anabolizantes e homens obesos), também podem acarretar o quadro. “Além disso, a infertilidade pode ter origem genética e pode ser motivada por outros fatores, como uso de drogas, quimioterapia e radioterapia”, afirma. O tratamento ideal vai variar de acordo com a causa, podendo ser cirúrgico ou com medicamentos.

 

Quando a causa não pode ser sanada, os médicos encaminham os pacientes para dois tipos de tratamento: inseminação, que insere os espermatozoides dentro do útero para facilitar o encontro do óvulo com os espermatozoides; e a fertilização in vitro, na qual a fecundação dos óvulos e espermatozoides é feita em laboratório.


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Doença, que acomete principalmente os jovens, representa pelo menos 5% dos tipos de tumores que afetam os homens, segundo o INCA

 

Poucas pessoas sabem, mas abril é o mês de combate e prevenção ao câncer de testículo. Simbolizado pelo laço lilás, o período é dedicado à conscientização dos homens acerca do tumor, que atinge principalmente jovens em idade reprodutiva, entre os 15 e 50 anos. Segundo o Instituto Nacional de Combate ao Câncer (INCA), mesmo sendo considerada rara, a doença representa 5% dos tipos de tumores que afetam os homens.

 

Segundo o urologista Filipe Tenório, do Hospital Santa Joana Recife, o fato de o câncer ter maior incidência em pessoas jovens e sexualmente ativas possibilita a chance dele ser confundido ou mascarado por inflamações dos testículos e/ou epidídimos, geralmente transmitidas através do sexo. Por isso, os homens devem estar atentos aos sintomas. “Alteração no tamanho dos testículos, presença de nódulo ou caroço, sensação de peso, sangue na urina, aumento ou sensibilidade dos mamilos e dores na virilha, na parte inferior do abdômen ou no testículo são alguns sinais”, alerta o médico.

 

Ainda de acordo com o especialista, o desenvolvimento deste tipo de câncer está associado a lesões, histórico familiar e a criptorquidia, que acontece quando os testículos estão posicionados fora da bolsa escrotal. “Indivíduos com essas características possuem um risco 50 vezes maior de desenvolver câncer”, explica Tenório. Outro grupo com maior incidência de câncer de testículo são os homens portadores de infertilidade. Nesses casos, a presença do tumor pode ser a causa da diminuição da produção de espermatozoides.

 

A melhor forma de prevenção é o autoexame. O hábito, que deve ser mensal, pode identificar nódulos ou endurecimento nos testículos ainda na fase inicial do problema. “Se outro sintoma aparecer é preciso consultar um urologista. Ele deve solicitar um exame de sangue que vai confirmar ou não o diagnóstico”, afirma Dr. Tenório, explicando que o câncer de testículo possui marcadores tumorais sanguíneos, como a alfa-feto proteína e beta-HCG, que auxiliam a detecção da doença.

 

O tratamento adequado vai depender da evolução do tumor, variando entre cirurgia, radio ou quimioterapia. Normalmente o tratamento é iniciado com cirurgia para retirar o testículo afetado e todas as células cancerígenas. “Nesses casos de retirada do órgão é recomendado o congelamento do sêmen como uma forma de precaução, pois a infertilidade pode atingir ou não o paciente”, explica Dr. Tenório. Já nos casos mais desenvolvidos, pode ser necessário fazer radioterapia ou quimioterapia para eliminar as células tumorais remanescentes. Quanto ao aspecto estético, o urologista esclarece que hoje são utilizadas próteses testiculares de silicone quase imperceptíveis visualmente quando comparadas ao testículo normal.

 

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Folha PE

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