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Infecções sexualmente transmissíveis e disfunções no trato urinário estão entre as doenças mais recorrentes

Um dos períodos mais aguardados do ano está chegando: o Carnaval. Com ele, chegam também toda a euforia e agitação típica da Folia de Momo. Pensando em aproveitar bastante os blocos e as festas carnavalescas, muitas pessoas acabam se descuidando da saúde. Por isso, nessa época é comum haver uma maior incidência de algumas doenças, como as sexualmente transmissíveis e as do trato urinário.

De acordo com o urologista especialista em fertilidade e saúde sexual do homem Filipe Tenório, as infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) são as mais comuns durante e após o Carnaval. É que parte da população costuma ter relações sexuais sem proteção e assim são contaminadas por vírus e bactérias. “HPV é a doença mais recorrente no período. Se caracteriza por um vírus com mais de cento e vinte subtipos, no qual, 40% causam verrugas genitais. Elas podem ocasionar vários tipos de câncer, como colo de útero e o câncer de pênis”, explica. Ainda segundo o médico, não existe remédio para tratar o vírus. As únicas formas de evitar a contaminação é através do uso da camisinha e da vacinação preventiva.

A sífilis é outra doença sexualmente transmissível comum no carnaval. Provocada por uma bactéria, ela se caracteriza por uma lesão vermelha no pênis, que desaparece com o tempo. Mas, após a infecção inicial, a bactéria pode permanecer no corpo da pessoa por muito tempo e depois se manifestar novamente. Outras bactérias também são as responsáveis por causar a uretrite, gonorreia e clamídia, cuja propagação é realizada através do ato sexual. “Algumas dessas infecções podem desencadear problemas mais graves, como a infertilidade. Por isso, é necessário tratá-las rapidamente”, afirma o médico.

Para evitar a contaminação, o ideal é sempre utilizar preservativos e também manter uma boa higiene na região íntima. “Durante o carnaval as pessoas passam muito tempo na rua, suando. Isso causa uma predisposição natural a infecções por fungos e bactérias. Por isso, não é indicado ficar muito tempo sem tomar banho”, ressalta Filipe Tenório. “Evitar comportamentos de risco, como o uso de drogas, também é uma opção para poder se prevenir corretamente durante as relações sexuais”, recomenda.

Além das ISTs, doenças do trato urinário também estão entre as mais comuns durante o carnaval. Isso acontece por causa da pouca ingestão de água e pelo hábito de contenção urinária. “Já que em algumas ocasiões nem sempre é possível ter fácil acesso à água e ao banheiro, as pessoas acabam deixando para depois. Mas, esses costumes podem provocar infecção urinária, devido ao acúmulo de xixi, e agravar os problemas de quem já sofre de cálculos renais”, explica o urologista.


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A forma como se consome pornografia mudou muito nos últimos anos. Hoje, com um simples clique, é possível ter acesso a conteúdos pornográficos de diversos tipos no mundo virtual. Mas, é importante saber dosar a quantidade de sessões de masturbação para que o pode ser saudável não se torne prejudicial à vida sexual, principalmente a dos homens. O consumo exagerado de pornografia virtual tem produzido disfunção erétil – alerta o médico urologista e especialista em Saúde Sexual Filipe Tenório.

O médico conta que tem identificado, em alguns pacientes, falhas de excitação, devido ao uso da pornografia virtual. “É possível ter acesso à pornografia de todos os tipos, por conta disso, cria-se uma expectativa tão grande sobre aquilo que acabam não conseguindo se excitar com outro tipo de atividade sexual. Não é uma questão de diminuição da libido, pois o homem tem o interesse no sexo, tanto que ele vê pornografia e se masturba. Mas, o que ele tem na vida real não corresponde ao que ele espera”, conta.

Existem casos em que os terapeutas sexuais sugerem alguns tipos de pornografia para aqueles homens que têm déficit de excitação, principalmente aqueles que têm dificuldade de imaginar fantasia sexual por questão religiosa ou cultural, por exemplo. “Ter fantasia é uma coisa saudável para a relação sexual porque você imagina coisas diferentes, e tudo o que é diferente é mais prazeroso”, explica Tenório.

O problema está no excesso de uso da pornografia e na qualidade da pornografia escolhida. Caso o homem perceba que o consumo frenquente de pornografia está tendo um impacto negativo na sua vida sexual, o mesmo deve procurar um especialista precocemente, para que este ciclo vicioso seja interrompido.


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Câncer de próstata, Hiperplasia prostática, Disfunção erétil e Infertilidade são algumas das doenças mais comuns entre eles

O Novembro Azul tem como objetivo chamar a atenção da sociedade para os problemas e doenças que podem atingir a saúde masculina, já que, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o número de homens que procuram um médico para uma consulta preventiva é 30% menor que o de mulheres. Aproveitando a data, conversamos com médicos especialistas para esclarecer as dúvidas acerca das enfermidades que mais acometem os homens.

Uma das doenças que mais atingem os homens a partir dos 50 anos é o Câncer de Próstata. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), ele já é a segunda maior causa de morte por câncer na população masculina. O diagnóstico é realizado através do exame de toque retal e da dosagem do antígeno prostático específico, chamado PSA. O papel dos exames de imagens, mais precisamente da ultrassonografia e ressonância magnética, também é fundamental para um diagnóstico mais preciso. Com eles é possível detectar, de forma mais completa, a localização de  tumores e outros problemas. “Existem algumas partes do corpo que não conseguem ser visualizadas. No toque retal, por exemplo, somente a porção posterior e lateral da próstata pode ser palpada. Com o toque, o urologista tem a impressão pessoal da consistência da glândula do seu paciente e se o tumor estiver nas áreas acessíveis ao método. Assim, os exames de imagem tornam-se extremamente importantes na prática clínica urológica e sem os quais o urologista ficaria limitado na avaliação global”, afirma o doutor Lucilo Maranhão Neto, radiologista da Clínica Lucilo Maranhão Diagnósticos.

Popularmente conhecida como próstata crescida, a Hiperplasia Prostática Benigna é uma doença que atinge cerca de 80% dos homens. Caracterizada pelo crescimento não canceroso da glândula masculina, ela comprime a uretra, obstrui o fluxo de urina e pode levar a infecções e insuficiência renal. Entre os sintomas, estão a dificuldade para urinar, ardência, diminuição da intensidade do jato, incontinência urinária, noctúria e até sangramento. O diagnóstico é feito através do exame do toque retal e ultrassonografia para avaliar o tamanho da glândula.

Outra doença temida e muito recorrente entre os homens é a Disfunção erétil. Também conhecida como impotência sexual, o problema caracteriza-se pela incapacidade de obter ou manter uma ereção satisfatória para o ato sexual. O urologista Filipe Tenório, da Clínica Andros Recife, explica que as causas podem ser orgânicas ou psicogênicas. “Na orgânica, ela é ocasionada por lesões nas artérias, veias e nervos ou pelo uso de drogas, anabolizantes, bebidas alcoólicas ou cigarro. Já na psicogênica, é provocada pelo excesso de ansiedade, stress e alto nível de adrenalina”, revela. O tratamento pode ser realizado através de terapia psicológica, medicamentos orais ou injetáveis e com cirurgia, para os casos mais graves. “A operação é chamada de implante de prótese peniana. Nela inserimos próteses infláveis ou maleáveis no corpo cavernoso do pênis e elas simulam o funcionamento natural do órgão. A taxa de sucesso e satisfação é altíssima”, esclarece ressaltando que o tratamento deve ser realizado precocemente porque se o pênis passar muito tempo sem ter ereções, o dano pode ser irreversível.

Infertilidade também é uma doença frequente no sexo masculino. Ela acomete 15% de todos os casais e em metade deles, o problema está relacionado ao homem. “A causa mais comum é a varicocele, dilatação das veias do testículo que faz com o sangue fique preso e aumente a temperatura, diminuindo a produção de espermatozoides”, aponta Tenório ressaltando que obstruções no epidídimo, no ducto deferente e na próstata também podem acarretar o quadro. “Além disso, a infertilidade pode ter origem genética e pode ser motivada por outros fatores, como uso de drogas, anabolizantes, quimioterapia e radioterapia”, aponta. O tratamento ideal vai variar de acordo com a causa, podendo ser cirúrgico ou com medicamentos.

 


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A reposição de testosterona sempre é vista com cautela por causa da possibilidade de efeitos colaterais bastante significativos, como a infertilidade e problemas cardiovasculares, como infarto e AVC. No entanto, recentemente foi publicado uma Meta-Análise (principal tipo de estudo na medicina atual) que revelou que o terapia de reposição de testosterona não aumenta o índice de infarto, AVC ou doenças coronarianas. Na realidade, ela pode até diminuir o risco dessas doenças em obesos.

“De acordo com o estudo, o uso da testosterona é seguro e efetivo em melhorar os sintomas quando existe a deficiência do hormônio e não aumenta o índice de doenças cardiovasculares. Contudo, a administração da dose tem que ser usada de forma muito controlada”, afirma o médico andrologista Dr Filipe Tenório. Ainda segundo Tenório, a pesquisa destaca que dois grupos podem apresentar maior risco de complicações: pacientes magros e pessoas que utilizam doses muito altas e sem orientação médica. O recente estudo, chamado de “Testosterone and Cardiovascular Risk: Meta-Analysis of Interventional Studies, foi publicado no The Journal of Sexual Medicine, um dos mais importantes na área de medicina sexual.

A testosterona é o hormônio masculino responsável pelo desejo e pelas funções sexuais do homem. Além de estimular a produção de espermatozoides, ela ainda atua na distribuição de gorduras, aumentando força, libido e massa muscular no homem. O hormônio também estimula os pelos faciais e corporais, além de incentivar a produção dos glóbulos vermelhos. A deficiência dele geralmente surge em homens com mais de 50 anos, com uma incidência de 12 novos casos por ano a cada 1000 indivíduos. Homens com diabetes 2, obesos e com síndrome metabólica, também estão mais propícios ao desenvolvimento da deficiência do hormônio. O objetivo do tratamento com testosterona é normalizar os níveis do hormônio, atingindo uma faixa entre 400 a 800 ng/dL, acima disso há um aumento significativo no índice de complicações, sem aumentar os benefícios. Por isso, a reposição deve ser feita de forma controlada e com reavaliações frequentes.



Conhecido por ser o momento do ápice sexual, o orgasmo pode ser atingido durante o sexo ou masturbação, por homens e mulheres, e tem duração de segundos. Para entender mais sobre o assunto, conversamos com o andrologista Filipe Tenório, da Clínica Andros Recife, para esclarecer as principais dúvidas, dificuldades e os fatores que podem influenciar o momento do clímax sexual.

– Existe diferença entre orgasmo e ejaculação? Todo orgasmo tem ejaculação?

FT: Sim, o orgasmo é a sensação de prazer que ocorre no durante o clímax da atividade sexual. Já a ejaculação é a expulsão do sêmen pela uretra através de contrações fortes da musculatura pélvica. Embora no homem orgasmo e ejaculação ocorram usualmente de forma simultânea, é possível haver orgasmo sem ejaculação (chamado de orgasmo seco) e ejaculação sem orgasmo. Isso pode ocorrer de forma natural (existem até treinamentos para se obter um orgasmo seco), ou pode ser devido à alguma disfunção, ao uso de medicações ou cirurgias.

– Como identificar o orgasmo? Quais as sensações?

FT: Podemos descrever o orgasmo com um pico de excitação, de prazer, que dura alguns segundos seguidos de um período de relaxamento, com diminuição da sensação de prazer.

– Quantos orgasmos uma pessoa pode ter durante a relação?

FT: Os homens normalmente têm apenas 01 orgasmo por relação, já que depois da ejaculação há um período onde o pênis fica flácido, chamado de período refratário, durante o qual não se consegue atingir o orgasmo. Este período tem duração variável. Porém, alguns homens conseguem ter orgasmos múltiplos sem perder a ereção, e às vezes sem ejaculação. Já as mulheres conseguem ter orgasmos múltiplos com mais facilidade e possuem um período refratário mais curto. Algumas técnicas de sexo tântrico podem ajudar na obtenção de orgasmos múltiplos.

– Todas as pessoas conseguem chegar ao orgasmo?

FT: Embora a maioria consiga atingir o orgasmo, algumas poucas não o conseguem. Esta disfunção é chamada de anorgasmia e pode estar relacionada a problemas psicológicos, a algumas medicações, ou distúrbios dos neurotransmissores cerebrais.

– O tamanho do pênis influencia na sensação do orgasmo?

FT: Não. O tamanho do pênis não exerce nenhuma influência no orgasmo. Tanto no homem, quanto na mulher. Em ambos, o mais importante é que as zona erógenas sejam bem estimuladas durante as relações.

– A idade influencia no orgasmo?

FT: Influencia. Pessoas mais velhas tendem a ter uma maior dificuldade de atingir o orgasmo, seja por dificuldade de manter a ereção ou por diminuição dos níveis de testosterona no caso dos homens, e dificuldade na lubrificação vaginal, o que pode causar dor durante a relação, no caso das mulheres. Vale lembrar que todos esses problemas são facilmente tratáveis atualmente.

– Quanto tempo dura o orgasmo?

FT: Nos homens ele dura em média 10 segundos e nas mulheres 20 segundos.

– Quais fatores físicos podem atrapalhar o orgasmo?

FT: Ejaculação precoce é uma disfunção que afeta o orgasmo em ambos os sexos. O homem com ejaculação precoce tende a ter um orgasmo de intensidade diminuída, já que a duração da estimulação sexual está intimamente relacionada à intensidade do orgasmo. Já a mulher cujo parceiro sofre de ejaculação precoce dificilmente irá conseguir o atingir o orgasmo durante a penetração.

É importante ressaltar que o tempo necessário para o orgasmo para as mulheres geralmente é maior do que para os homens, e que apenas 25% das mulheres chegam ao orgasmo com apenas penetração vaginal. Já quando o sexo oral é praticado, 81% delas conseguem atingi-lo.


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A reposição de testosterona sempre é vista com cautela por causa da possibilidade de efeitos colaterais bastante significativos, como a infertilidade e problemas cardiovasculares, como infarto e AVC. No entanto, recentemente foi publicado uma Meta-Análise (principal tipo de estudo na medicina atual) que revelou que o terapia de reposição de testosterona não aumenta o índice de infarto, AVC ou doenças coronarianas. Na realidade, ela pode até diminuir o risco dessas doenças em obesos.

“De acordo com o estudo, o uso da testosterona é seguro e efetivo em melhorar os sintomas quando existe a deficiência do hormônio e não aumenta o índice de doenças cardiovasculares. Contudo, a administração da dose tem que ser usada de forma muito controlada”, afirma o médico andrologista Dr Filipe Tenório. Ainda segundo Tenório, a pesquisa destaca que dois grupos podem apresentar maior risco de complicações: pacientes magros e pessoas que utilizam doses muito altas e sem orientação médica. O recente estudo, chamado de “Testosterone and Cardiovascular Risk: Meta-Analysis of Interventional Studies, foi publicado no The Journal of Sexual Medicine, um dos mais importantes na área de medicina sexual.

A testosterona é o hormônio masculino responsável pelo desejo e pelas funções sexuais do homem. Além de estimular a produção de espermatozoides, ela ainda atua na distribuição de gorduras, aumentando força, libido e massa muscular no homem. O hormônio também estimula os pelos faciais e corporais, além de incentivar a produção dos glóbulos vermelhos. A deficiência dele geralmente surge em homens com mais de 50 anos, com uma incidência de 12 novos casos por ano a cada 1000 indivíduos. Homens com diabetes 2, obesos e com síndrome metabólica, também estão mais propícios ao desenvolvimento da deficiência do hormônio. O objetivo do tratamento com testosterona é normalizar os níveis do hormônio, atingindo uma faixa entre 400 a 800 ng/dL, acima disso há um aumento significativo no índice de complicações, sem aumentar os benefícios. Por isso, a reposição deve ser feita de forma controlada e com reavaliações frequentes.


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O médico urologista Filipe Tenório participou do Congresso Americano de Urologia, que aconteceu dos dias 18 a 21 de maio, em San Francisco, Califórnia. A apresentação do trabalho foi no dia 21 e o tema, reversão de vasectomia e fertilidade.  O evento, considerado o maior do segmento, foi realizado pela American Urological Association, e reuniu mais de 10 mil urologistas de todo o mundo.


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A doença emergencial, quando tratada rapidamente, não deixa nenhuma sequela

Quando se fala em “torção” logo se vem à cabeça, a ideia de uma lesão ou fratura nos ossos. Mas, o que muitas pessoas não sabem é que o quadro também pode acontecer dentro da bolsa escrotal. Quando isso ocorre, temos a chamada ‘Torção testicular’, uma condição rara e emergencial que normalmente atinge jovens antes dos 25 anos.

De acordo com o andrologista Filipe Tenório, da Clínica Andros Recife, a torção ocorre quando os vasos sanguíneos que vão para o testículo ficam torcidos, impedindo a circulação do sangue. “Esse problema causa muita dor testicular. Além da dor aguda, o homem pode sentir inchaço, náuseas e vômitos”, afirma. Não existe nenhum fator desencadeante bem definido do quadro, e ele pode ocorrer inclusive durante o sono.

Assim que o homem sentir qualquer incômodo ou um dos sintomas, ele deve se dirigir ao hospital imediatamente, pois se não for operado em 6 horas após a ocorrência, a diminuição da circulação sanguínea pode necrosar o testículo, levando à perda do total do órgão. Para diagnosticar, o médico realiza uma ultrassonografia para identificar a torção. “Quando confirmada, é preciso encaminhar o paciente direto para a cirurgia. Nela, o urologista abre o saco escrotal, distorce os vasos e fixa novamente o testículo. Todo o procedimento não dura mais que 30 minutos”, explica Tenório ressaltando que durante a cirurgia o outro testículo também deve ser fixado para evitar outra torção.

Com o tratamento rápido e adequado, a torção não deixa nenhuma sequela. “No caso de haver a perda de um único testículo, é possível colocar uma prótese no lugar. Se acontecer com ambos, o paciente ficará infértil e precisará fazer reposição de testosterona. Por isso é necessário cuidar do problema com urgência”, alerta.

 

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Robson Sampaio 


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O uso de cocaína, maconha, álcool e anabolizantes contribuem para o surgimento desses problemas

 

Recentemente um estudo realizado pelo Hospital Universitário de Copenhague, na Dinamarca, concluiu que o refrigerante, quando consumido em excesso, pode causar disfunção erétil e infertilidade. A pesquisa comprovou que os homens que consumiam em média um litro da bebida por dia possuíam uma quantidade 30% menor de espermatozoides, o que pode elevar os riscos de tornar-se estéril. Segundo o urologista Filipe Tenório, do Hospital Santa Joana Recife, o consumo exagerado de refrigerante também pode causar impotência porque ele aumenta muito a quantidade de glicose no sangue, que pode danificar vasos e nervos do pênis.

 

Entretanto, o refrigerante não é o único da lista de substâncias químicas que fazem mal à saúde sexual masculina. Drogas, álcool e anabolizantes também podem contribuir para o surgimento desses problemas. Desta vez, a comprovação veio de uma pesquisa da Universidade de São Paulo (USP). No estudo, o tabagismo, alcoolismo e dependência de entorpecentes, como maconha, cocaína e crack, são importantes fatores de riscos para o desenvolvimento da disfunção sexual entre os homens. Segundo o levantamento, 39% dos usuários dessas substâncias sofrem de ejaculação precoce, 19% apresentam diminuição da libido, 12% sentem dificuldade de ereção, 8% sofrem com retardo na ejaculação e 4% sentem dor durante a relação sexual.

 

Sobre o assunto, Filipe Tenório explica que ingerir mais de oito doses de álcool por semana pode deprimir o sistema nervoso central, alterar os níveis de hormônios sexuais e alterar a libido. Ademais, pode causar impotência por danificar diretamente os vasos do pênis. Quanto às drogas, Tenório afirma que cocaína e heroína são umas das piores para a função sexual. “Elas alteram os níveis de testosterona, diminuem a libido, impedem a dilatação dos vasos durante a ereção e podem causar dano permanente”, explica.

 

Outra droga prejudicial é a maconha. De acordo com o especialista, os usuários da erva tem duas vezes mais chance de desenvolver a disfunção erétil. “Há um dano direto dos vasos do pênis, o mesmo que ocorre com o tabagismo. Além disso, o canabinol, substância ativa da maconha, atua no cérebro inibindo a ereção”, afirma Tenório.

 

Dr. Filipe Tenório destaca ainda que os anabolizantes também podem causar impotência sexual. “O uso dessa substância pode acarretar um aumento anormal dos níveis de estrógenos, os hormônios sexuais femininos. E, quando o homem para de utilizá-la, o corpo demora certo tempo para voltar a produzir os próprios hormônios. Durante esse período, pode haver diminuição da libido e disfunção erétil”, explica.

 

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Henrique Barbosa

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Robson Sampaio


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Doença, que atinge até 40% dos homens acima dos 50 anos, pode ser tratada com medicamentos ou cirurgia de implante de prótese peniana

 

A disfunção erétil é o grande temor do homem brasileiro. Presente em quatro a cada dez pessoas do sexo masculino, a doença, popularmente conhecida como impotência sexual, caracteriza-se pela incapacidade de obter ou manter uma ereção satisfatória para a atividade sexual. Apesar da gravidade do problema, que se não tratado pode se tornar irreversível, a vergonha afasta os pacientes dos tratamentos e impede que eles tenham acesso às técnicas desenvolvidas para revertê-lo.

 

Segundo o urologista Filipe Tenório, do Hospital Santa Joana Recife, a ereção acontece quando a primeira camada do vaso sanguíneo libera substâncias que dilatam os vasos permitindo a passagem de sangue nos corpos cavernosos. Quando há alguma lesão nessa camada, seja por diabetes, tabagismo ou pressão alta, os vasos não dilatam e o sangue acaba não chegando ao pênis.

 

As causas da disfunção podem ser orgânicas ou psicogênicas. “Na orgânica, ela é ocasionada por lesões nas artérias, veias e nervos ou pelo uso de drogas, anabolizantes, bebidas alcoólicas ou cigarro. Já na psicogênica, a impotência é provocada pelo excesso de ansiedade, stress e alto nível de adrenalina, que fecham os vasos sanguíneos impedindo a circulação do sangue no corpo cavernoso do pênis”, revela. A questão psicológica mesmo que não inicial, vai estar sempre envolvida. “Os homens associam a ereção à virilidade e masculinidade, o que gera um grau elevado de auto cobrança. Medo, stress, ansiedade e adrenalina em excesso podem agravar o quadro”, explica Tenório.

 

Ainda de acordo com o médico, o tratamento pode ser realizado através de terapia psicológica, medicamentos orais, medicamentos injetáveis e com cirurgia, para os casos mais graves em que o paciente não responde aos remédios. “A operação é chamada de implante de prótese peniana. Nela inserimos próteses infláveis ou maleáveis no corpo cavernoso do pênis e elas simulam o funcionamento natural do órgão. A taxa de sucesso e satisfação é altíssima”, esclarece.

 

É importante ressaltar que o tratamento deve ser realizado precocemente porque a ereção é necessária para o pênis se manter saudável. “Se o paciente passa muito tempo sem ter ereção, as células ficam sem nutrientes e sem sangue rico em oxigênio. Assim, elas morrem e torna-se impossível de reverter”, finaliza Tenório. Além disso, a disfunção erétil  pode ser sinal de outras enfermidades mais graves que ainda não se manifestaram no corpo, como, por exemplo, o infarto do coração.
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Robson Sampaio

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