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07/08/2020 Sem categoria0

Há muito tempo se sabe que a idade é um fator determinante para a fertilidade feminina, já que a mulher nasce com uma quantidade limitada de óvulos, então com o tempo, a quantidade diminui e a qualidade também. Então, quando a mulher atinge a menopausa, isso significa que ela não tem mais óvulos em quantidade suficiente para manter a função reprodutora. Já os homens começam a produzir espermatozoides durante a puberdade e continuam produzindo espermatozoides durante toda a vida. E, isso gera uma crença de que o homem ele persiste fértil sempre durante a vida inteira. Isso é verdade para a maioria dos homens, porém, estudos recentes tanto a nível populacional quanto individual, tem revelado que a qualidade dos espermatozoides do homem diminui conforme a idade, como também, existe um impacto menor na quantidade.

Estudos sobre casais que demoraram para engravidar revelaram que homens com menos de 40 anos conseguem engravidar as esposas quatro vezes mais rápido do que homens com idade maior do que 40 anos. Então, isso revela que, embora os homens tenham uma produção de espermatozoide durante toda vida, nem sempre isso significa que irão ter facilidade de engravidar suas esposas. Com o tempo existe um acúmulo de mutações nos espermatozoides, eles vão ficando mais propensos a ter danos genéticos. Esses danos genéticos tanto diminuem a qualidade do espermatozoide quanto diminuem a quantidade porque o corpo quando ele detecta uma mutação de espermatozoide, ele descarta aquele espermatozoide. E também isso aumenta o risco de algumas doenças nos filhos. Hoje nós sabemos que filhos de homens com mais de 40 anos tem o risco aumentado de autismo, esquizofrenia e alguns tipos de cânceres como a leucemia.

Então, o tempo tem sim um impacto negativo na fertilidade masculina. Não é tão grande quanto a fertilidade das mulheres, mas tem a sua relevância. Os estudos de hoje em dia ainda não sugerem o congelamento de sêmen para homens que vão ficando mais velhos porque existe o risco aumentado dessas doenças, mas no geral, o risco ainda é baixo. Porém, esses estudos já ajudam a colocar limites para os homens que desejam doar sêmen. Hoje o limite é de 50 anos, e a gente deve ver ainda esse limite baixar com a saída de novos estudos. Uma grande parte do impacto negativo da idade na fertilidade masculina advém das comorbidades. Sabemos que homens são mais resistentes a ter hábitos alimentares saudáveis assim como a prática de exercícios físicos, e são mais propensos a ter hábitos nocivos como tabagismo e etilismo. E todas essas doenças e hábitos se refletem na fertilidade.

Logo, homens que têm diabetes, obesidade irão ter uma quantidade diminuída de espermatozoide, bem como os homens que bebem e fumam. Então, isso também ajuda para declinar a fertilidade dos homens conforme o tempo passa. Hoje os estudos focam muito em corrigir essas comorbidades da maneira adequada, orientar a parte nutricional e conscientizar o homem que ele tem que planejar o seu futuro reprodutivo. Levando em conta o declínio na fertilidade e o aumento nas taxas de doenças para não postergar definitivamente a paternidade daqueles que desejam ser pais.


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29/06/2020 Sem categoria0

Segundo a revista científica britânica The Lancet, o Brasil ocupa o oitavo lugar no ranking mundial de fumantes. A boa notícia é que esse número está em queda. O percentual de quem fuma diariamente caiu entre 1990 e 2015, passando de 29% para 12% entre os homens e 19% para 8% entre as mulheres. Para aqueles que procuram tratamento, o fim do tabagismo poderá exigir acompanhamento médico.

Outras alternativas, como os famosos cigarros eletrônicos, também foram consideradas úteis para quem sonha em abandonar o hábito. O uso do aparelho, contudo, ainda gera controvérsias. De acordo com um  recente estudo dinamarquês publicado na revista Human Reproduction, o uso de “e-cigarettes” prejudica a fertilidade dos homens de maneira muito semelhante ao que ocorre com cigarros tradicionais.

“As substâncias tóxicas presentes no produtos que são inalados através do cigarro eletrônico, fazem com que os espermatozoides nadem mais devagar, além de danificar as células nos testículos que ajudam a produzir o esperma”, explica o urologista e especialista em fertilidade masculina, Dr. Filipe Tenório.


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31/01/2020 Sem categoria0

Um recente estudo publicado no Journal of the American Medical Association, periódico especializado em saúde dos Estados Unidos, afirma que o uso continuado de cigarro de maconha por mais de 10 anos aumenta em 36% o índice de câncer testicular em comparação com os homens que nunca utilizaram a droga.

O uso frequente de maconha está associado ao desenvolvimento de tumores de células testiculares. E não para por aí, ela também é prejudicial na questão da fertilidade masculina. A maconha é pior que o cigarro para a questão da fertilidade. Se compararmos os homens que fumam maconha e os que utilizam cigarro comum, os primeiros tem pior desempenho relativo a fertilidade.


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15/07/2019 Sem categoria0

Recente estudo feito em Harvard revelou que homens que têm uma dieta baseada em frituras, alimentos gordurosos e refrigerantes têm, em média, 25 milhões de espermatozoides a menos do que os homens que têm uma dieta saudável, contendo frutas, legumes e peixes. A pesquisa, realizada na Dinamarca, envolveu mais de três mil homens e avaliou padrões de dieta e níveis de concentração de espermatozoide. Ela também demonstrou que a dieta vegana é superior a dieta rica em gorduras e carne, porém inferior à mediterrânea.

É a primeira vez que uma pesquisa prova a influência da má alimentação durante o crescimento nas chances de um homem ser pai. Na pesquisa, o padrão de dieta que protege o espermatozoide e garante uma maior concentração da célula reprodutiva com níveis saudáveis de fertilidade é a mediterrânea,  aquela rica em vegetais, frutas, azeite de oliva, leguminosas, peixe e frango e pobre em carne, gordura e bebidas açucaradas. O pior tipo é a considerada ocidental, rica em gordura saturada, carne, alimentos com alto índice calórico e carboidratos de fácil digestão, como hambúrguer, batata frita e pizza.

No entanto, as alterações induzidas pela dieta ocidental vão além da diminuição do nível de espermatozoide, ela também influencia na genética da célula reprodutiva. A questão não é só a dificuldade para ter filhos, mas também a saúde deles. Por meio de um mecanismo chamado de imprint (impressão de genética), esses alimentos causam alteração no gene do espermatozoide, levando-o a carregar informações alteradas para o feto, podendo ocasionar um aumento na probabilidade do filho desenvolver doenças como obesidade, síndrome metabólica, diabetes e hipertensão.

 


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05/06/2019 Sem categoria0

Campanha reforça a importância de informar as pessoas e incentivar o tratamento da doença que atinge 15% dos casais, segundo a Organização Mundial da Saúde

A infertilidade é o pesadelo de muitas pessoas que sonham em ter filhos. A doença, que se caracteriza pela incapacidade de reprodução, acomete 80 milhões de pessoas em todo o mundo e 15% de todos os casais, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). Por isso, com o objetivo de informar e incentivar a prevenção e o tratamento do problema, a Associação Americana de Infertilidade (AIA), junto com a Associação de Apoio Internacional aos Pacientes Inférteis (ICSI), elegeu, em 2002, junho como o Mês Internacional de Conscientização da Infertilidade.

A campanha é importante porque reforça a necessidade de procurar auxílio médico assim que a doença for identificada. Algumas pessoas ainda não sabem que há tratamento adequado para os problemas que causam a infertilidade. Mesmo nos casos considerados irreversíveis, ainda há a possibilidade de induzir uma gravidez através da fertilização in vitro. É muito importante incentivar a busca pelo tratamento.

O diagnóstico da infertilidade é feito através da realização de exames. Na mulher, são feitas avaliações dos óvulos, das trompas e útero. Também são analisados outros problemas que podem causar a doença, como endometriose. Já nos homens é indicado fazer o espermograma, que vai avaliar a quantidade e qualidade dos espermatozoides.

Cerca de 40% dos casos de infertilidade são representados por disfunções no sistema reprodutor dos homens. A causa mais comum é a varicocele, dilatação das veias do testículo que faz com o sangue fique preso e aumente a temperatura, diminuindo a produção de espermatozoides. Ressalto ainda que obstruções no epidídimo, no ducto deferente e na próstata, e desequilíbrios dos hormônios sexuais (muito comum em usuários de anabolizantes e homens obesos), também podem acarretar o quadro. Além disso, a infertilidade pode ter origem genética e pode ser motivada por outros fatores, como uso de drogas, quimioterapia e radioterapia. O tratamento ideal vai variar de acordo com a causa, podendo ser cirúrgico ou com medicamentos.

Quando a causa não pode ser sanada, os médicos encaminham os pacientes para dois tipos de tratamento: inseminação, que insere os espermatozoides dentro do útero para facilitar o encontro do óvulo com os espermatozoides e a fertilização in vitro, na qual a fecundação dos óvulos e espermatozoides é feita em laboratório.


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17/01/2019 Sem categoria0
  • Testículo

Os homens sabem muito pouco sobre si, mas é muito importante ter conhecimento pessoal para ajudar a cuidar da saúde. Por conta disso, começo hoje uma série sobre o sistema reprodutor masculino, tendo o Testículo como primeiro tema. A maioria dos homens possuem dois testículos, e as suas principais funções é a produção de espermatozoides e do hormônio testosterona. Os problemas mais comuns que atingem os testículos são: Hidrocele (acúmulo de líquido ao redor do órgão), Orquite ( inflamação do testículo), Torção do Cordão Espermático (torção testicular) e Varicocele (varizes no testículo). Ter conhecimento do seu órgão facilita o diagnóstico e tratamento precoce de doenças graves que podem acarretar à infertilidade.

  • Epidídimo

O  Epidídimo é um órgão muito importante no sistema reprodutor. Ele é responsável pelo armazenamento e maturação dos espermatozoides produzidos nos testículos, e fica localizado no interior da bolsa escrotal logo acima do testículo. Depois de produzidos pelos testículos, os gametas masculinos saem da rede testicular, através de túbulos curtos, conhecidos como ductos eferentes, que acabam fundindo-se com o epidídimo. Possíveis doenças podem afetar o epidídimo, uma delas é a infecção, chamada de epididimite aguda, que causa um quadro bastante doloroso. Outros problemas comuns do epidídimo são a obstrução, que pode causar infertilidade, e a formação de cistos, que na maior parte dos casos não causam complicações.

  • Ductos Deferentes

Os Ductos Deferentes têm a função de transportar os espermatozoides em direção à uretra, a partir do epidídimo, onde eles são armazenados após serem produzidos nos testículos. Além disso, os ductos deferentes também são responsáveis por absorver aqueles espermatozoides que não foram expelidos. Seu tamanho varia de 30 a 40 cm e eles são importantes na realização da vasectomia, um método contraceptivo masculino. Também é importante salientar que existem doenças que obstruem os ductos deferentes, impedindo a passagem dos espermatozoides e causando Azoospermia Obstrutiva, dentre elas estão as infecções por Clamídia e a tuberculose.

  • Vesículas Seminais

As vesículas seminais são glândulas responsáveis por secretar um fluido que forma 60% do sêmen. Este fluido é rico em nutrientes e antioxidantes, além de neutralizar a acidez da vagina, o que ajuda a sobrevivência dos espermatozoides. As vesículas seminais localizam-se lateralmente aos ductos deferentes, e suas secreções são controladas pela testosterona. Alterações congênitas como cistos, e infecções podem atingir este órgão e causar infertilidade.

  • Próstata

A Próstata é caracterizada como uma glândula exócrina, seu tamanho é similar a uma bola de golfe. A glândula tem como função secretar um fluido que se junta com as secreções da vesícula seminal para compor o sêmen. Para o seu funcionamento ser 100%, a próstata precisa de hormônios masculinos, chamados de andrógenos. Os hormônios são responsáveis pelas características sexuais masculinas. Dentre eles, o principal é a testosterona. As doenças relacionadas à próstata são: o câncer de próstata que é mais comum em homens de 50 anos, mas também ocorrem casos em pessoas mais jovens, podendo ter um componente hereditário; a prostatite, que é uma infecção da próstata que pode ser agravada em casos de infecção urinária mal tratada, e a hiperplasia prostática benigna conhecida como próstata crescida, relacionada ao aumento da próstata mas sem a presença de câncer. É necessário realizar exames de prevenção anualmente a partir dos 45 anos para prevenir doenças.

  • Pênis

Os homens precisam conhecer mais sobre o seu corpo. Por isso, essa semana vamos falar sobre o pênis. Ele é um órgão sexual masculino que tem como funções a micção, a ejaculação, além de permitir a atividade sexual. É importante sempre ficar atento a sua saúde, pois dores, curvaturas, manchas, ardência e outros sintomas na região, podem ser sinais de lesões, infecções, inflamações, DSTs (Doenças Sexualmente Transmissíveis) e até mesmo câncer. Então, em caso de qualquer sintoma procure um urologista.


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Câncer de próstata, Hiperplasia prostática, Disfunção erétil e Infertilidade são algumas das doenças mais comuns entre eles

O Novembro Azul tem como objetivo chamar a atenção da sociedade para os problemas e doenças que podem atingir a saúde masculina, já que, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o número de homens que procuram um médico para uma consulta preventiva é 30% menor que o de mulheres. Aproveitando a data, conversamos com médicos especialistas para esclarecer as dúvidas acerca das enfermidades que mais acometem os homens.

Uma das doenças que mais atingem os homens a partir dos 50 anos é o Câncer de Próstata. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), ele já é a segunda maior causa de morte por câncer na população masculina. O diagnóstico é realizado através do exame de toque retal e da dosagem do antígeno prostático específico, chamado PSA. O papel dos exames de imagens, mais precisamente da ultrassonografia e ressonância magnética, também é fundamental para um diagnóstico mais preciso. Com eles é possível detectar, de forma mais completa, a localização de  tumores e outros problemas. “Existem algumas partes do corpo que não conseguem ser visualizadas. No toque retal, por exemplo, somente a porção posterior e lateral da próstata pode ser palpada. Com o toque, o urologista tem a impressão pessoal da consistência da glândula do seu paciente e se o tumor estiver nas áreas acessíveis ao método. Assim, os exames de imagem tornam-se extremamente importantes na prática clínica urológica e sem os quais o urologista ficaria limitado na avaliação global”, afirma o doutor Lucilo Maranhão Neto, radiologista da Clínica Lucilo Maranhão Diagnósticos.

Popularmente conhecida como próstata crescida, a Hiperplasia Prostática Benigna é uma doença que atinge cerca de 80% dos homens. Caracterizada pelo crescimento não canceroso da glândula masculina, ela comprime a uretra, obstrui o fluxo de urina e pode levar a infecções e insuficiência renal. Entre os sintomas, estão a dificuldade para urinar, ardência, diminuição da intensidade do jato, incontinência urinária, noctúria e até sangramento. O diagnóstico é feito através do exame do toque retal e ultrassonografia para avaliar o tamanho da glândula.

Outra doença temida e muito recorrente entre os homens é a Disfunção erétil. Também conhecida como impotência sexual, o problema caracteriza-se pela incapacidade de obter ou manter uma ereção satisfatória para o ato sexual. O urologista Filipe Tenório, da Clínica Andros Recife, explica que as causas podem ser orgânicas ou psicogênicas. “Na orgânica, ela é ocasionada por lesões nas artérias, veias e nervos ou pelo uso de drogas, anabolizantes, bebidas alcoólicas ou cigarro. Já na psicogênica, é provocada pelo excesso de ansiedade, stress e alto nível de adrenalina”, revela. O tratamento pode ser realizado através de terapia psicológica, medicamentos orais ou injetáveis e com cirurgia, para os casos mais graves. “A operação é chamada de implante de prótese peniana. Nela inserimos próteses infláveis ou maleáveis no corpo cavernoso do pênis e elas simulam o funcionamento natural do órgão. A taxa de sucesso e satisfação é altíssima”, esclarece ressaltando que o tratamento deve ser realizado precocemente porque se o pênis passar muito tempo sem ter ereções, o dano pode ser irreversível.

Infertilidade também é uma doença frequente no sexo masculino. Ela acomete 15% de todos os casais e em metade deles, o problema está relacionado ao homem. “A causa mais comum é a varicocele, dilatação das veias do testículo que faz com o sangue fique preso e aumente a temperatura, diminuindo a produção de espermatozoides”, aponta Tenório ressaltando que obstruções no epidídimo, no ducto deferente e na próstata também podem acarretar o quadro. “Além disso, a infertilidade pode ter origem genética e pode ser motivada por outros fatores, como uso de drogas, anabolizantes, quimioterapia e radioterapia”, aponta. O tratamento ideal vai variar de acordo com a causa, podendo ser cirúrgico ou com medicamentos.

 


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22/11/2018 Sem categoria0

O câncer de próstata é o segundo câncer mais comum entre os homens no Brasil, perdendo apenas para o de pele não-melanoma. Em grande parte dos casos, o câncer de próstata não apresenta sintomas na fase inicial. O que muita gente não sabe é que os tratamentos para esta doença podem afetar a fertilidade masculina, segundo o médico urologista Filipe Tenório.

De acordo com o especialista em fertilidade masculina, o câncer de próstata por si só não causa infertilidade, mas os seus tratamentos podem diminuir a fertilidade masculina. Embora a maior parte dos pacientes que precisam ser tratados da doença tenha mais de 50 anos, não é raro paciente nesta faixa etária alegar vontade de ter filhos.

“Quando você opta pela cirurgia do câncer de próstata, são retirados a próstata, as vesículas seminais e parte dos ductos deferentes. Embora o paciente continue produzindo espermatozoides, por retirar os órgãos que produzem e transportam o sêmen, não é mais possível expelir o sêmen. Então, o paciente não ejacula mais, apesar de sentir orgasmo e contrações dos músculos durante a ejaculação”, detalhou o especialista. Já a radioterapia pode afetar os testículos, diminuindo a produção e a qualidade dos espermatozoides. O tratamento queima a próstata e pode levar à  fibrose do órgão, o que pode causar dificuldade de ejaculação.

Outro tratamento usado para o câncer de próstata é a terapia hormonal, que pode ser realizada de forma permanente nos pacientes com câncer de próstata com metástase avançada. “O bloqueio da testosterona, principal hormônio para a produção de espermatozoide, impede a reprodução”, afirmou.

Tenório orienta que os homens que desejem ter filhos após os tratamentos do câncer de próstata devem preservar a fertilidade através do congelamento de sêmen antes dos tratamentos. Para aqueles que já se submeteram à cirurgia é necessária a extração de espermatozoides do epidídimo ou do testículo para a fertilização in vitro. Para finalizar, o médico ressalta sobre a necessidade de que haja sempre uma conversa com o paciente para saber se existe o interesse de ter filho no futuro, já que às vezes o paciente está focado na cura da doença.


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03/09/2018 Sem categoria0

Causada por problemas no sistema reprodutor, a doença afeta a produção de espermatozoides

A fertilidade está comumente associada pelos homens à virilidade e masculinidade. Para muitos, ser infértil é sinal de debilidade e impotência, pensamento que está totalmente equivocado. Mas, de fato, esse é um problema que acomete com bastante frequência os homens. De acordo com o Ministério da Saúde, cerca de 40% dos casos de infertilidade no Brasil são representados por disfunções no sistema reprodutor dos homens. Desses, 10% são provocados pela azoospermia, que é a ausência de espermatozoides na ejaculação.

Segundo o andrologista Filipe Tenório, da Clínica Andros Recife, a azoospermia é causada por disfunções nos testículos ou epidídimos, tais como traumas, tumores, varicocele, criptorquidia (testículo que não desceu para a bolsa escrotal) e tratamentos radio ou quimioterápicos, que interrompem a produção dos espermatozoides. “Além disso, ela pode ser originada por problemas obstrutivos que bloqueiam os canais que ligam os testículos à uretra, como infecções, doenças genéticas e vasectomia”, explica.

Já que ele não apresenta sintomas, para identificar o problema é preciso que o homem consulte um especialista para realizar um exame no sêmen. “Normalmente os homens procuram o médico quando sentem dificuldades para engravidar. Com o espermograma é possível medir a quantidade e qualidade dos espermatozoides, e dar o diagnóstico preciso”, garante Tenório. “A partir daí deve-se identificar a causa para então começar o tratamento correto”, afirma.

O tratamento da azoospermia varia de acordo com a sua origem, como informa o andrologista Filipe Tenório. “Quando há obstrução, uma intervenção cirúrgica pode corrigir o problema, como no caso de homens que fizeram vasectomia, que pode ser revertida através de cirurgia”, revela. Também é possível extrair espermatozoides do testículo para que posteriormente eles sejam utilizados em uma fertilização in vitro. “Quando a causa não é obstrutiva, submetemos o paciente a exames mais complexos e depois a uma microdissecção testicular (Micro-Tese), que abre os microtúbulos que compõem os testículos para captar espermatozoides diretamente deles”, esclarece Tenório.


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31/08/2018 Sem categoria0

Procedimento possibilita o retorno da fecundidade até 10 anos após a realização da cirurgia

Muitos homens hoje em dia optam por realizar a cirurgia de vasectomia a fim de evitar a gravidez. O método anticonceptivo consiste em um corte nos ductos deferentes, por onde passam os espermatozoides, para interromper sua passagem para o líquido ejaculado. Mas, por variados motivos, depois de algum tempo alguns se arrependem e buscam tratamento para fazer a chamada ‘vasovasostomia’, também conhecida como reversão de vasectomia.

Segundo o urologista Filipe Tenório, na maioria dos casos, os homens querem reverter a cirurgia depois de passar por uma separação e encontrar uma nova parceira. “Isso acontece porque muitos querem constituir uma nova família”, afirma. O processo, no entanto, é um pouco mais complicado que a vasectomia. É que como os ductos deferentes são muito pequenos, o procedimento precisa ser realizado através de uma microcirurgia, que utiliza um microscópio para ampliar a visualização da área. “A intervenção dura em média 3 horas. Nela, o médico faz uma reconexão dos canais deferentes, que antes estavam cortados. Para se ter uma ideia, a linha (o fio) utilizado para a sutura é mais fino que um fio de cabelo”, revela Tenório.

Ainda de acordo com o médico, não existe tempo limite para a reversão, mas os melhores resultados são obtidos quando ela é feita até 10 anos depois da vasectomia. Ele explica que após esse período, as chances de sucesso reduzem de 90% para 70%. “Essa redução ocorre porque com o tempo, o corpo desenvolve um processo de fibrose criando obstruções na área abaixo de onde foi feito o rompimento do canal. Nesses casos é preciso fazer uma conexão fora da área obstruída”, afirma. “Além do índice de êxito ser altíssimo, a reversão permite ter, de maneira natural, um ou mais filhos”, ressalta o urologista.

Apesar de ser um procedimento minucioso, o pós-operatório da vasovasostomia é considerado tranquilo. Após a cirurgia, o paciente tem alta no mesmo dia ou no dia seguinte e a recuperação em casa dura cerca de 10 dias. A única ressalva é que ele deve evitar ejacular ou ter relações sexuais por pelo menos 30 dias, para que ocorra a cicatrização completa. “Depois desse período, o homem deve ir ao médico para fazer um espermograma e avaliar a quantidade e qualidade dos espermatozoides produzidos no sêmen”, finaliza Tenório.