insert_pixel_code_here



covid.jpg

18/05/2020 Fertilidade0

Em recente pesquisa realizada por médicos do Hospital Municipal de Shangqiu, na China, a presença da Covid-19 foi detectada no sêmen de homens infectados. No novo estudo, publicado no periódico científico Jama, dos 38 pacientes que tiveram o sêmen testado para o coronavírus, seis apresentaram traços de Sars-CoV-2 no fluido.

Em 15% dos pacientes avaliados foram encontrados vírus no sémen. Esse é um achado inédito. Existem outros dois estudos anteriores, com um número menor de homens, mas que não encontraram o vírus no sêmen. Então, esse é o primeiro. Nós sabíamos da possiblidade porque as células dos testículos têm os dois receptores, as duas proteínas que são importantes para o vírus entrar na célula.

Ainda não é possível saber se o Covid-19 é sexualmente transmissível, nem o vírus é capaz de causa infertilidade. Por isso o cuidado do homens deve ser redobrado, principalmente aqueles que desejam ter filhos no curto prazo.


homem-fertilidade.jpg

Para aqueles que planejam aumentar a família, cuidados com a rotina precisam ser redobrados

O isolamento social e as incertezas deste período, são responsáveis por alterações de planejamento em todas as famílias, para quem está tentando engravidar, não poderia ser diferente. Os tratamentos em clínicas de fertilização foram interrompidos provisoriamente, mas sempre relembramos que esta situação vai passar em breve, desta maneira, os cuidados com a saúde devem ser mantidos.

Hábitos saudáveis são fundamentais não só para a saúde no geral, mas principalmente para manter o organismo fértil. Por isso, é indicado que o casal evite fumar e diminua o consumo de bebidas alcoólicas, as substâncias podem trazer uma série de compostos prejudiciais às células germinativas, de acordo com o médico. Qualquer fator que possa agredir os óvulos e espermatozoides, devem ser evitados, sobretudo após os 35 anos. Isso vale para a ação do cigarro, álcool e cafeína.

Pesquisas que associam fatores emocionais e infertilidade ainda não são conclusivas, mas o simples fato de diminuir o estresse e ansiedade, já demonstra como a prática de atividades físicas, dentro das possibilidades, também é importante para a manutenção da saúde mental e controle de peso em momentos de isolamento. Nós já sabemos que sedentarismo acarreta na diminuição do aporte sanguíneo aos órgãos reprodutivos, bem como o excesso de peso pode ser prejudicial.

Uma grande quantidade de notícias está circulando na internet, contudo, reafirmamos que as fontes médicas continuam sendo as mais confiáveis. Por isso, algumas mudanças de rotina já podem melhorar as possibilidades do tratamento de fertilidade ser bem sucedido em um futuro próximo, além disso, hábitos saudáveis são sempre bem-vindos. Para quem sonha em aumentar a família, o momento é de cuidado e espera. Em caso de indexação pelo Covid-19, a febre deve ser combatidas o mais rápido possível, mantendo a temperatura abaixo de 38 graus através do uso de antitérmicos para evitar dano maior à produção do espermatozoide.


vista-lateral-do-homem-doente-com-tosse-de-mascara-medica_23-2148450279.jpg

24/03/2020 Fertilidade0

Busca pelo congelamento de óvulos e sêmen aumentou em todo o mundo

Segundo a Associação Americana de Medicina Reprodutiva em parceria com a Associação Europeia de Reprodução, não existe relação direta entre a infecção ocasionada por coronavírus (COVID-19) e infertilidade, a informação vale tanto para homens quanto para mulheres. Encontramos relatos de pacientes que foram infectadas e tiveram um parto prematuro, contudo, ainda não foi realizado nenhum estudo clínico que comprove a ligação com o vírus.

O medo dos pacientes tem a ver com a pandemia global e seus sintomas, que vão desde um simples resfriado até dificuldades para respirar. Existe uma grande quantidade de informações circulando na internet e é normal que as pessoas estejam receosas, mesmo não tendo um indicativo concreto de que a doença cause efeitos negativos durante a gestação. As fontes médicas, que são as mais seguras, nos mostram crianças saudáveis nascidas de gestantes que contraíram o coronavírus.

As febres, que são sintomáticas da doença, costumam comprometer a qualidade dos óvulos, bem como podem causar a azoospermia nos homens, problema que tem o tempo de recuperação de até 4 meses. Para as pessoas que estão se preparando para iniciar um tratamento de fertilidade, a orientação é esperar. Não daremos início a novos procedimentos, somente continuidade aos que já estão em andamento.

Confira abaixo entrevista que concedi para a Rádio CBN, no quadro Saúde em Foco, onde falamos sobre a relação fertilidade e coronavírus (COVID-19).

 


homem-comendo-hamburguer-no-cafe_23-2148208837.jpg

15/07/2019 Sem categoria0

Recente estudo feito em Harvard revelou que homens que têm uma dieta baseada em frituras, alimentos gordurosos e refrigerantes têm, em média, 25 milhões de espermatozoides a menos do que os homens que têm uma dieta saudável, contendo frutas, legumes e peixes. A pesquisa, realizada na Dinamarca, envolveu mais de três mil homens e avaliou padrões de dieta e níveis de concentração de espermatozoide. Ela também demonstrou que a dieta vegana é superior a dieta rica em gorduras e carne, porém inferior à mediterrânea.

É a primeira vez que uma pesquisa prova a influência da má alimentação durante o crescimento nas chances de um homem ser pai. Na pesquisa, o padrão de dieta que protege o espermatozoide e garante uma maior concentração da célula reprodutiva com níveis saudáveis de fertilidade é a mediterrânea,  aquela rica em vegetais, frutas, azeite de oliva, leguminosas, peixe e frango e pobre em carne, gordura e bebidas açucaradas. O pior tipo é a considerada ocidental, rica em gordura saturada, carne, alimentos com alto índice calórico e carboidratos de fácil digestão, como hambúrguer, batata frita e pizza.

No entanto, as alterações induzidas pela dieta ocidental vão além da diminuição do nível de espermatozoide, ela também influencia na genética da célula reprodutiva. A questão não é só a dificuldade para ter filhos, mas também a saúde deles. Por meio de um mecanismo chamado de imprint (impressão de genética), esses alimentos causam alteração no gene do espermatozoide, levando-o a carregar informações alteradas para o feto, podendo ocasionar um aumento na probabilidade do filho desenvolver doenças como obesidade, síndrome metabólica, diabetes e hipertensão.

 


shutterstock_174202361-5229516-1200x800.jpg

22/11/2018 Sem categoria0

O câncer de próstata é o segundo câncer mais comum entre os homens no Brasil, perdendo apenas para o de pele não-melanoma. Em grande parte dos casos, o câncer de próstata não apresenta sintomas na fase inicial. O que muita gente não sabe é que os tratamentos para esta doença podem afetar a fertilidade masculina, segundo o médico urologista Filipe Tenório.

De acordo com o especialista em fertilidade masculina, o câncer de próstata por si só não causa infertilidade, mas os seus tratamentos podem diminuir a fertilidade masculina. Embora a maior parte dos pacientes que precisam ser tratados da doença tenha mais de 50 anos, não é raro paciente nesta faixa etária alegar vontade de ter filhos.

“Quando você opta pela cirurgia do câncer de próstata, são retirados a próstata, as vesículas seminais e parte dos ductos deferentes. Embora o paciente continue produzindo espermatozoides, por retirar os órgãos que produzem e transportam o sêmen, não é mais possível expelir o sêmen. Então, o paciente não ejacula mais, apesar de sentir orgasmo e contrações dos músculos durante a ejaculação”, detalhou o especialista. Já a radioterapia pode afetar os testículos, diminuindo a produção e a qualidade dos espermatozoides. O tratamento queima a próstata e pode levar à  fibrose do órgão, o que pode causar dificuldade de ejaculação.

Outro tratamento usado para o câncer de próstata é a terapia hormonal, que pode ser realizada de forma permanente nos pacientes com câncer de próstata com metástase avançada. “O bloqueio da testosterona, principal hormônio para a produção de espermatozoide, impede a reprodução”, afirmou.

Tenório orienta que os homens que desejem ter filhos após os tratamentos do câncer de próstata devem preservar a fertilidade através do congelamento de sêmen antes dos tratamentos. Para aqueles que já se submeteram à cirurgia é necessária a extração de espermatozoides do epidídimo ou do testículo para a fertilização in vitro. Para finalizar, o médico ressalta sobre a necessidade de que haja sempre uma conversa com o paciente para saber se existe o interesse de ter filho no futuro, já que às vezes o paciente está focado na cura da doença.


videolaparoscopia-reprodução-internet.png

12/10/2017 Fertilidade0

Procedimento possibilita o retorno da fecundidade até 10 anos após a realização da cirurgia

 

Muitos homens hoje em dia optam por realizar a cirurgia de vasectomia a fim de evitar a gravidez. O método anticonceptivo consiste em um corte nos ductos deferentes, por onde passam os espermatozoides, para interromper sua passagem para o líquido ejaculado. Mas, por variados motivos, depois de algum tempo alguns se arrependem e buscam tratamento para fazer a chamada ‘vasovasostomia’, também conhecida como reversão de vasectomia.

 

Segundo o urologista Filipe Tenório, na maioria dos casos, os homens querem reverter a cirurgia depois de passar por uma separação e encontrar uma nova parceira. “Isso acontece porque muitos querem constituir uma nova família”, afirma. O processo, no entanto, é um pouco mais complicado que a vasectomia. É que como os ductos deferentes são muito pequenos, o procedimento precisa ser realizado através de uma microcirurgia, que utiliza um microscópio para ampliar a visualização da área. “A intervenção dura em média 3 horas. Nela, o médico faz uma reconexão dos canais deferentes, que antes estavam cortados. Para se ter uma ideia, a linha utilizada para a sutura é mais fino que um fio de cabelo”, revela Tenório.

 

Ainda de acordo com o médico, não existe tempo limite para a reversão, mas os melhores resultados são obtidos quando ela é feita até 10 anos depois da vasectomia. Ele explica que após esse período, as chances de sucesso reduzem de 90% para 70%. “Essa redução ocorre porque com o tempo, o corpo desenvolve um processo de fibrose criando obstruções na área abaixo de onde foi feito o rompimento do canal. Nesses casos é preciso fazer uma conexão fora da área obstruída”, afirma. “Além do índice de êxito ser altíssimo, a reversão permite ter, de maneira natural, um ou mais filhos”, ressalta o urologista.

 

Apesar de ser um procedimento minucioso, o pós-operatório da vasovasostomia é considerado tranquilo. Após a cirurgia, o paciente tem alta no mesmo dia ou no dia seguinte e a recuperação em casa dura cerca de 10 dias. A única ressalva é que ele deve evitar ejacular ou ter relações sexuais por pelo menos 30 dias, para que ocorra a cicatrização completa. “Depois desse período, o homem deve ir ao médico para fazer um espermograma e avaliar a quantidade e qualidade dos espermatozoides produzidos no sêmen”, finaliza Tenório.

 

Clipagem:

Robson Sampaio

Novo GN

Pernambuco Notícias

Terra Magazine

 


Saúde-masculina-Crédito-reprodução-internet.jpg

15/09/2017 Fertilidade0

Cirurgia, considerada um método anticonceptivo masculino, está disponível no SUS

 

Ter filhos hoje em dia não é uma tarefa fácil. Além das noites mal dormidas após o nascimento, as preocupações dos pais com a criança vão desde a alimentação e saúde, educação, segurança e condição financeira. Por isso, muitos casais têm utilizado cada vez mais, como meio de planejamento familiar, os métodos contraceptivos permanentes a fim de evitar a gravidez. A proteção definitiva, no entanto, só é possível através da laqueadura tubária, nas mulheres, ou da vasectomia, nos homens.

 

Segundo o andrologista Filipe Tenório, do Hospital Santa Joana Recife, a vasectomia é o método mais indicado para os casais que não querem ter mais filhos. “O procedimento é bem mais simples e eficaz que a laqueadura. Na laqueadura, o médico precisa abrir a barriga da mulher. É uma cirurgia demorada e mais complicada tanto durante, quanto no pós-operatório”, explica.

 

No Brasil, qualquer homem com idade superior a 25 anos ou com dois filhos pode submeter-se à vasectomia. A operação é bem simples. O médico faz uma pequena incisão na bolsa escrotal para localizar os ductos deferentes, por onde passam os espermatozoides. Eles são cortados e amarrados para interromper a passagem dos espermatozoides para o líquido ejaculado. “A cirurgia é realizada com anestesia local e dura em média 20 minutos. O paciente tem alta no mesmo dia e de três a sete dias depois já pode voltar ao trabalho”, comenta Tenório.

 

De acordo com o urologista Guilherme Maia, a técnica mais avançada disponível para a vasectomia é a “No-Scalpel”, realizada sem a utilização de bisturi, com o auxílio de uma pinça. “Esse é o método ‘padrão ouro’ recomendado pela Associação Americana de Urologia porque, graças a sua intervenção minimamente invasiva, ele causa menos sangramento, reduz dores e hematomas, e possibilita uma recuperação mais rápida”, afirma. “É o procedimento mais eficaz que temos hoje, com alto índice de satisfação”, revela Maia. Também é importante destacar que a cirurgia não interfere na potência, libido ou na ejaculação.

 

A única ressalva é quanto à proteção no período pós-operatório. O casal deve usar algum método contraceptivo ao reiniciar as relações sexuais porque alguns espermatozoides podem permanecer vivos no canal que chega ao pênis. “O ideal é que após 15 a 30 relações ou 2 a 3 meses o homem faça um espermograma para constatar o sucesso da cirurgia”, ressalta Tenório. Somente após esse exame, e se o médico liberar, é que o casal poderá ter relações sem o uso de outro anticoncepcional. Vale lembrar que a vasectomia não protege contra doenças sexualmente transmissíveis. Para isso, o uso do preservativo masculino ou feminino é fundamental.

 

Clipagem:

Maceió 40 Graus