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05/06/2019 Sem categoria0

Campanha reforça a importância de informar as pessoas e incentivar o tratamento da doença que atinge 15% dos casais, segundo a Organização Mundial da Saúde

A infertilidade é o pesadelo de muitas pessoas que sonham em ter filhos. A doença, que se caracteriza pela incapacidade de reprodução, acomete 80 milhões de pessoas em todo o mundo e 15% de todos os casais, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). Por isso, com o objetivo de informar e incentivar a prevenção e o tratamento do problema, a Associação Americana de Infertilidade (AIA), junto com a Associação de Apoio Internacional aos Pacientes Inférteis (ICSI), elegeu, em 2002, junho como o Mês Internacional de Conscientização da Infertilidade.

A campanha é importante porque reforça a necessidade de procurar auxílio médico assim que a doença for identificada. Algumas pessoas ainda não sabem que há tratamento adequado para os problemas que causam a infertilidade. Mesmo nos casos considerados irreversíveis, ainda há a possibilidade de induzir uma gravidez através da fertilização in vitro. É muito importante incentivar a busca pelo tratamento.

O diagnóstico da infertilidade é feito através da realização de exames. Na mulher, são feitas avaliações dos óvulos, das trompas e útero. Também são analisados outros problemas que podem causar a doença, como endometriose. Já nos homens é indicado fazer o espermograma, que vai avaliar a quantidade e qualidade dos espermatozoides.

Cerca de 40% dos casos de infertilidade são representados por disfunções no sistema reprodutor dos homens. A causa mais comum é a varicocele, dilatação das veias do testículo que faz com o sangue fique preso e aumente a temperatura, diminuindo a produção de espermatozoides. Ressalto ainda que obstruções no epidídimo, no ducto deferente e na próstata, e desequilíbrios dos hormônios sexuais (muito comum em usuários de anabolizantes e homens obesos), também podem acarretar o quadro. Além disso, a infertilidade pode ter origem genética e pode ser motivada por outros fatores, como uso de drogas, quimioterapia e radioterapia. O tratamento ideal vai variar de acordo com a causa, podendo ser cirúrgico ou com medicamentos.

Quando a causa não pode ser sanada, os médicos encaminham os pacientes para dois tipos de tratamento: inseminação, que insere os espermatozoides dentro do útero para facilitar o encontro do óvulo com os espermatozoides e a fertilização in vitro, na qual a fecundação dos óvulos e espermatozoides é feita em laboratório.


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A forma como se consome pornografia mudou muito nos últimos anos. Hoje, com um simples clique, é possível ter acesso a conteúdos pornográficos de diversos tipos no mundo virtual. Mas, é importante saber dosar a quantidade de sessões de masturbação para que o pode ser saudável não se torne prejudicial à vida sexual, principalmente a dos homens. O consumo exagerado de pornografia virtual tem produzido disfunção erétil – alerta o médico urologista e especialista em Saúde Sexual Filipe Tenório.

O médico conta que tem identificado, em alguns pacientes, falhas de excitação, devido ao uso da pornografia virtual. “É possível ter acesso à pornografia de todos os tipos, por conta disso, cria-se uma expectativa tão grande sobre aquilo que acabam não conseguindo se excitar com outro tipo de atividade sexual. Não é uma questão de diminuição da libido, pois o homem tem o interesse no sexo, tanto que ele vê pornografia e se masturba. Mas, o que ele tem na vida real não corresponde ao que ele espera”, conta.

Existem casos em que os terapeutas sexuais sugerem alguns tipos de pornografia para aqueles homens que têm déficit de excitação, principalmente aqueles que têm dificuldade de imaginar fantasia sexual por questão religiosa ou cultural, por exemplo. “Ter fantasia é uma coisa saudável para a relação sexual porque você imagina coisas diferentes, e tudo o que é diferente é mais prazeroso”, explica Tenório.

O problema está no excesso de uso da pornografia e na qualidade da pornografia escolhida. Caso o homem perceba que o consumo frenquente de pornografia está tendo um impacto negativo na sua vida sexual, o mesmo deve procurar um especialista precocemente, para que este ciclo vicioso seja interrompido.


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12/10/2017 Fertilidade0

Procedimento possibilita o retorno da fecundidade até 10 anos após a realização da cirurgia

 

Muitos homens hoje em dia optam por realizar a cirurgia de vasectomia a fim de evitar a gravidez. O método anticonceptivo consiste em um corte nos ductos deferentes, por onde passam os espermatozoides, para interromper sua passagem para o líquido ejaculado. Mas, por variados motivos, depois de algum tempo alguns se arrependem e buscam tratamento para fazer a chamada ‘vasovasostomia’, também conhecida como reversão de vasectomia.

 

Segundo o urologista Filipe Tenório, na maioria dos casos, os homens querem reverter a cirurgia depois de passar por uma separação e encontrar uma nova parceira. “Isso acontece porque muitos querem constituir uma nova família”, afirma. O processo, no entanto, é um pouco mais complicado que a vasectomia. É que como os ductos deferentes são muito pequenos, o procedimento precisa ser realizado através de uma microcirurgia, que utiliza um microscópio para ampliar a visualização da área. “A intervenção dura em média 3 horas. Nela, o médico faz uma reconexão dos canais deferentes, que antes estavam cortados. Para se ter uma ideia, a linha utilizada para a sutura é mais fino que um fio de cabelo”, revela Tenório.

 

Ainda de acordo com o médico, não existe tempo limite para a reversão, mas os melhores resultados são obtidos quando ela é feita até 10 anos depois da vasectomia. Ele explica que após esse período, as chances de sucesso reduzem de 90% para 70%. “Essa redução ocorre porque com o tempo, o corpo desenvolve um processo de fibrose criando obstruções na área abaixo de onde foi feito o rompimento do canal. Nesses casos é preciso fazer uma conexão fora da área obstruída”, afirma. “Além do índice de êxito ser altíssimo, a reversão permite ter, de maneira natural, um ou mais filhos”, ressalta o urologista.

 

Apesar de ser um procedimento minucioso, o pós-operatório da vasovasostomia é considerado tranquilo. Após a cirurgia, o paciente tem alta no mesmo dia ou no dia seguinte e a recuperação em casa dura cerca de 10 dias. A única ressalva é que ele deve evitar ejacular ou ter relações sexuais por pelo menos 30 dias, para que ocorra a cicatrização completa. “Depois desse período, o homem deve ir ao médico para fazer um espermograma e avaliar a quantidade e qualidade dos espermatozoides produzidos no sêmen”, finaliza Tenório.

 

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Robson Sampaio

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