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Câncer de próstata, Hiperplasia Prostática, Disfunção erétil e Infertilidade são algumas das doenças mais comuns entre eles

O Dia Internacional do Homem é celebrado no dia 19 de novembro. Mas, o que poucas pessoas sabem, é que no Brasil a comemoração oficial acontece no dia 15 de julho. Instituída em 1999, a data tem o objetivo de chamar a atenção da sociedade para os problemas e doenças que podem atingir a saúde masculina, já que, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o número de homens que procuram um médico para uma consulta preventiva é 30% menor que o de mulheres. Aproveitando a data, conversamos com médicos especialistas para esclarecer as dúvidas acerca das enfermidades que mais acometem os homens.

Uma das doenças que mais atingem os homens a partir dos 50 anos é o Câncer de Próstata. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), ele já é a segunda maior causa de morte por câncer na população masculina. O urologista es especialista em saúde do homem e fertilidade, Filipe Tenório, ressalta que o perigo é que ele não apresenta sintomas até que alcance um nível avançado. O diagnóstico é realizado através do exame de toque retal e da dosagem do antígeno prostático específico, chamado PSA. Quando identificado, o câncer pode ser tratado através da Prostatectomia radical (remoção completa da próstata), Radioterapia externa e Braquiterapia. “No quesito cirurgia, a mais indicada é a robótica. Os braços mecânicos do robô reproduzem os movimentos das mãos humanas com corte mais preciso, sem tremor e visão tridimensional ampliada”, explica. Além disso, graças às pequenas incisões no corpo, o tempo de recuperação no pós-operatório é muito menor e o paciente fica menos tempo no hospital.

O papel dos exames de imagens, mais precisamente da ultrassonografia e ressonância magnética, é fundamental para um diagnóstico mais preciso. Com eles é possível detectar, de forma mais completa, a localização de tumores e outros problemas. “Existem algumas partes do corpo que não conseguem ser visualizadas. No toque retal, por exemplo, somente a porção posterior e lateral da próstata pode ser palpada. Com o toque, o urologista tem a impressão pessoal da consistência da glândula do seu paciente e se o tumor estiver nas áreas acessíveis ao método. Assim, os exames de imagem tornam-se extremamente importantes na prática clínica urológica e sem os quais o urologista ficaria limitado na avaliação global”, afirma o doutor Lucilo Maranhão Neto, radiologista da Clínica Lucilo Maranhão Diagnósticos.

Popularmente conhecida como próstata crescida, a Hiperplasia Prostática Benigna é uma doença que atinge cerca de 80% dos homens. Caracterizada pelo crescimento não canceroso da glândula masculina, ela comprime a uretra, obstrui o fluxo de urina e pode levar a infecções e insuficiência renal. Entre os sintomas, estão a dificuldade para urinar, ardência, diminuição da intensidade do jato, incontinência urinária, noctúria e até sangramento. O diagnóstico é feito através do exame do toque retal e ultrassonografia para avaliar o tamanho da glândula. De acordo com Filipe Tenório, além do uso de medicamentos, a melhor forma de tratamento é com a cirurgia com o laser Greenlight. “O laser atualmente é a melhor opção porque garante menos complicações, não existem incisões no corpo e, assim, não há sangramento”, explica.

Outra doença temida e muito recorrente entre os homens é a Disfunção erétil. Também conhecida como impotência sexual, o problema caracteriza-se pela incapacidade de obter ou manter uma ereção satisfatória para o ato sexual. O urologista explica que as causas podem ser orgânicas ou psicogênicas. “Na orgânica, ela é ocasionada por lesões nas artérias, veias e nervos ou pelo uso de drogas, anabolizantes, bebidas alcoólicas ou cigarro. Já na psicogênica, é provocada pelo excesso de ansiedade, stress e alto nível de adrenalina”, revela. O tratamento pode ser realizado através de terapia psicológica, medicamentos orais ou injetáveis e com cirurgia, para os casos mais graves. “A operação é chamada de implante de prótese peniana. Nela inserimos próteses infláveis ou maleáveis no corpo cavernoso do pênis e elas simulam o funcionamento natural do órgão. A taxa de sucesso e satisfação é altíssima”, esclarece ressaltando que o tratamento deve ser realizado precocemente porque se o pênis passar muito tempo sem ter ereçõe, o dano pode ser irreversível.

A Infertilidade também é uma doença frequente no sexo masculino. Ela acomete 15% de todos os casais e em metade deles, o problema está relacionado ao homem. “A causa mais comum é a varicocele, dilatação das veias do testículo que faz com o sangue fique preso e aumente a temperatura, diminuindo a produção de espermatozoides”, aponta Tenório ressaltando que obstruções no epidídimo, no ducto deferente e na próstata também podem acarretar o quadro. “Além disso, a infertilidade pode ter origem genética e pode ser motivada por outros fatores, como uso de drogas, anabolizantes, quimioterapia e radioterapia”, aponta. O tratamento ideal vai variar de acordo com a causa, podendo ser cirúrgico ou com medicamentos.

 

Entrevista que urologista Filipe Tenório concedeu à Rádio CBN Recife, no quadro Saúde em Foco. 


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Infecções sexualmente transmissíveis e disfunções no trato urinário estão entre as doenças mais recorrentes

Um dos períodos mais aguardados do ano está chegando: o Carnaval. Com ele, chegam também toda a euforia e agitação típica da Folia de Momo. Pensando em aproveitar bastante os blocos e as festas carnavalescas, muitas pessoas acabam se descuidando da saúde. Por isso, nessa época é comum haver uma maior incidência de algumas doenças, como as sexualmente transmissíveis e as do trato urinário.

De acordo com o urologista especialista em fertilidade e saúde sexual do homem Filipe Tenório, as infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) são as mais comuns durante e após o Carnaval. É que parte da população costuma ter relações sexuais sem proteção e assim são contaminadas por vírus e bactérias. “HPV é a doença mais recorrente no período. Se caracteriza por um vírus com mais de cento e vinte subtipos, no qual, 40% causam verrugas genitais. Elas podem ocasionar vários tipos de câncer, como colo de útero e o câncer de pênis”, explica. Ainda segundo o médico, não existe remédio para tratar o vírus. As únicas formas de evitar a contaminação é através do uso da camisinha e da vacinação preventiva.

A sífilis é outra doença sexualmente transmissível comum no carnaval. Provocada por uma bactéria, ela se caracteriza por uma lesão vermelha no pênis, que desaparece com o tempo. Mas, após a infecção inicial, a bactéria pode permanecer no corpo da pessoa por muito tempo e depois se manifestar novamente. Outras bactérias também são as responsáveis por causar a uretrite, gonorreia e clamídia, cuja propagação é realizada através do ato sexual. “Algumas dessas infecções podem desencadear problemas mais graves, como a infertilidade. Por isso, é necessário tratá-las rapidamente”, afirma o médico.

Para evitar a contaminação, o ideal é sempre utilizar preservativos e também manter uma boa higiene na região íntima. “Durante o carnaval as pessoas passam muito tempo na rua, suando. Isso causa uma predisposição natural a infecções por fungos e bactérias. Por isso, não é indicado ficar muito tempo sem tomar banho”, ressalta Filipe Tenório. “Evitar comportamentos de risco, como o uso de drogas, também é uma opção para poder se prevenir corretamente durante as relações sexuais”, recomenda.

Além das ISTs, doenças do trato urinário também estão entre as mais comuns durante o carnaval. Isso acontece por causa da pouca ingestão de água e pelo hábito de contenção urinária. “Já que em algumas ocasiões nem sempre é possível ter fácil acesso à água e ao banheiro, as pessoas acabam deixando para depois. Mas, esses costumes podem provocar infecção urinária, devido ao acúmulo de xixi, e agravar os problemas de quem já sofre de cálculos renais”, explica o urologista.


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Doença, que acomete principalmente os jovens, representa pelo menos 5% dos tipos de tumores que afetam os homens, segundo o INCA

 

Poucas pessoas sabem, mas abril é o mês de combate e prevenção ao câncer de testículo. Simbolizado pelo laço lilás, o período é dedicado à conscientização dos homens acerca do tumor, que atinge principalmente jovens em idade reprodutiva, entre os 15 e 50 anos. Segundo o Instituto Nacional de Combate ao Câncer (INCA), mesmo sendo considerada rara, a doença representa 5% dos tipos de tumores que afetam os homens.

 

Segundo o urologista Filipe Tenório, do Hospital Santa Joana Recife, o fato de o câncer ter maior incidência em pessoas jovens e sexualmente ativas possibilita a chance dele ser confundido ou mascarado por inflamações dos testículos e/ou epidídimos, geralmente transmitidas através do sexo. Por isso, os homens devem estar atentos aos sintomas. “Alteração no tamanho dos testículos, presença de nódulo ou caroço, sensação de peso, sangue na urina, aumento ou sensibilidade dos mamilos e dores na virilha, na parte inferior do abdômen ou no testículo são alguns sinais”, alerta o médico.

 

Ainda de acordo com o especialista, o desenvolvimento deste tipo de câncer está associado a lesões, histórico familiar e a criptorquidia, que acontece quando os testículos estão posicionados fora da bolsa escrotal. “Indivíduos com essas características possuem um risco 50 vezes maior de desenvolver câncer”, explica Tenório. Outro grupo com maior incidência de câncer de testículo são os homens portadores de infertilidade. Nesses casos, a presença do tumor pode ser a causa da diminuição da produção de espermatozoides.

 

A melhor forma de prevenção é o autoexame. O hábito, que deve ser mensal, pode identificar nódulos ou endurecimento nos testículos ainda na fase inicial do problema. “Se outro sintoma aparecer é preciso consultar um urologista. Ele deve solicitar um exame de sangue que vai confirmar ou não o diagnóstico”, afirma Dr. Tenório, explicando que o câncer de testículo possui marcadores tumorais sanguíneos, como a alfa-feto proteína e beta-HCG, que auxiliam a detecção da doença.

 

O tratamento adequado vai depender da evolução do tumor, variando entre cirurgia, radio ou quimioterapia. Normalmente o tratamento é iniciado com cirurgia para retirar o testículo afetado e todas as células cancerígenas. “Nesses casos de retirada do órgão é recomendado o congelamento do sêmen como uma forma de precaução, pois a infertilidade pode atingir ou não o paciente”, explica Dr. Tenório. Já nos casos mais desenvolvidos, pode ser necessário fazer radioterapia ou quimioterapia para eliminar as células tumorais remanescentes. Quanto ao aspecto estético, o urologista esclarece que hoje são utilizadas próteses testiculares de silicone quase imperceptíveis visualmente quando comparadas ao testículo normal.

 

Clipagem:

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